Para explicar porque a Autodesk é hoje a quarta maior empresa de software no mundo é preciso mostrar alguns números. Com mais de quatro milhões de usuários em todo o mundo, a Autodesk emprega cerca de 2.700 funcionários e teve um faturamento de mais de US$ 700 milhões no último ano fiscal. A empresa tem escritórios em 52 países além dos Estados Unidos, centros de desenvolvimento espalhados por três continentes, conta com mais de 900 centros de treinamento em todo o planeta e seus produtos estão disponíveis em 19 diferentes idiomas. Quando se pergunta o que leva uma empresa desse porte a apostar fichas no desenvolvimento de softwares GIS, a resposta é clara. "Nós consideramos estratégico esse mercado porque ele gira cerca de US$ 900 milhões ao ano e cresceu cerca de 15% no ano passado". Cesar Alfonzo, responsável pela resposta, é gerente de contas da Autodesk para a América Latina e concedeu uma entrevista exclusiva a infoGEO. Leia abaixo as opiniões de Alfonzo sobre GIS e sobre o mercado brasileiro.

Cesar Alfonso

infoGEO – Qual a posição do Brasil no mercado latino americano?

O Brasil é o principal mercado da Autodesk na América Latina, sendo responsável por 48% do total de vendas da região. No mercado de GIS, o Brasil representa 36%. Nessa área, nossa atuação visa a atender as agências governamentais, empresas de telecomunicações e grupos privados.

infoGEO – Quais as perspectivas que a Autodesk vê para o mercado de GIS?

Só muito recentemente a Autodesk passou a atuar no mercado de GIS, apresentando uma curva de crescimento muito maior do que qualquer outra empresa do segmento. As vendas têm crescido cerca de 100% ano a ano. A Autodesk pretende se tornar a líder mundial em GIS nos próximos três anos, com um crescimento de 25% em todo o mundo e cerca de 35 a 40% na America Latina

infoGEO – Existe previsão de novos produtos GIS com a marca Autodesk para breve?

No segmento de GIS nosso principal lançamento é o AutoCAD Map 2000, produto recém lançado nos EUA e que já vendeu 60 mil licenças. O AutoCAD Map 2000 é focado na criação e manutençao de mapas. Outros produtos, como o Autodesk World são focados na integração de dados e nas análises de GIS e é também uma solução complementar ao AutoCAD Map 2000. Por fim, o Autodesk MapGuide é o produto utilizado para distribuir dados de GIS através de redes IP (redes que utilizam Internet Protocol, como Internet e intranets).

infoGEO – Como funciona o trabalho de distribuição, suporte e assistência técnica em um país das dimensões territoriais do Brasil?

A Autodesk é uma empresa virtual e nosso canal de distribuição é essencial para as operações. Este canal é treinado em uma de nossas divisões (cada uma atende a um mercado vertical), especializada para uma área, tais como GIS, AEC, Multimidia e Desenho Mecânico. Cada canal agrega empresas e parceiros especializados em vários nichos de atuação. Isso inclui novas empresas de consultoria na área e integradores de soluções. Internamente, nós temos um grupo de desenvolvimento para a área de GIS que ajuda nosso canal nos projetos dos clientes. No Brasil, temos 25 revendas especializadas em GIS que atendem a todo o território brasileiro. A pouca tradição desse mercado no Brasil tem sido suprida pelas soluções de GIS da Autodesk que temos em outros países (a Autodesk está presente em 124 países ao redor do Globo).

infoGEO – Na época da mudança cambial brasileira, a Autodesk conseguiu suas melhores vendas no país. Como foi isso?

O principal motivo que levou a resultados positivos da Autodesk devem ser creditados aos nossos distribuidores e revendas que se desdobraram juntamente com a Autodesk para minimizar o impacto da alta do dólar junto aos nossos clientes. Nossas taxas variavam entre R$ 1,50 a R$ 1,60 quando o dólar atingia o pico de R$ 2,20. O que posso dizer é que a Autodesk não vai voltar atrás nos investimentos planejados para o Brasil em 1.999.
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