Os principais projetos de geotecnologias de todos os estados das regiões Sul e Sudeste foram apresentados em sete fóruns paralelos. Ao final das apresentações, uma mesa redonda discutia a situação atual dos grupos ou comitês de geotecnologias existentes em cada estado. A maioria chegou a pelo menos uma conclusão em comum: a da necessidade de se criar meios formais para o fortalecimento destes grupos.

Entre os sete, o que mais gerou resultados foi o de São Paulo. Os projetos apresentados foram os da Escola Politécnica da USP, da Eletropaulo, da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, do Instituto de Terras do Estado de São Paulo (ITESP), do Centro Tecnológico da Fundação Paulista de Lins, do Instituto de Pesquisa Tecnológica (IPT), e da COBRAPE (Companhia Brasileira de Projetos e Empreendimentos).

Representantes da Trimbase e da Orbcomm afirmaram que 70% dos seus visitantes eram da área de monitoramento de veículos.
"Ficamos impressionados com o interesse dos participantes do evento nesta área", disse Geter Melo da Trimbase.

Os representantes chegaram à conclusão de que a união poderia trazer benefícios, já que havia superposição de trabalhos entre eles, como produção de mapas de mesmas áreas. "Assim, é como ter uma carroça com um animal puxando para cada lado", resumiu Régis Bueno, da Escola Politécnica da USP.

Os participantes resolveram organizar seminários e fóruns inter-disciplinares, envolvendo produtores e usuários de mapeamento digital, para fazer um relatório de todos os interessados em uma base cartográfica digital 1:10.000. Este seria apresentado ao poder público de São Paulo, pressionando-o pelo mapeamento.

"A comunidade usuária tem que se unir e exigir do governo estadual o mapeamento de todo o estado em 1:10.000", insistiu Irineu Idoeta, diretor técnico da Base Aerofotogrametria, presente no fórum. Idoeta sugeriu que se revissem as especificações do mapeamento 1:10.000 exigidas pelo Instituto de Geografia e Cartografia (IGC), para torná-lo menos trabalhoso e mais barato. No final do fórum, ficou marcada uma reunião no CREA/SP (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura de São Paulo) para discutir e elaborar as especificações do adensamento da rede GPS.

Nesta reunião, segundo Magali Suman Piasentin, coordenadora de mesa no fórum, compareceram mais de 30 pessoas, representando 19 instituições. "Faltam ainda algumas questões políticas para a concretização do adensamento", explica ela. O grupo deveria se reunir novamente em agosto para discutir a unificação do mapeamento digital do estado, como a definição das especificações comuns nas escalas 1:10.000 e 1:50.000.

"Pretendemos também realizar um seminário até o final do ano e pressionar o governo a contratar um mapeamento digital atualizado em 1:10.00 de todo o estado, padrão e unificado, que possa servir como base de dados para diversos usuários", afirma Magali. "Nós precisamos driblar algumas dificuldades políticas, mas estamos com um grupo forte", completa.