No final de 99, fomos procurados por um grupo internacional que queria dados sobre o mercado de geoinformação no Brasil. Quantas empresas atuam no mercado? Quanto faturam anualmente? Quantos e quem são seus clientes? Responder com precisão não é tarefa fácil. Entretanto, alguns números internos da revista podem dar rumo para as respostas a estas questões.

Em recente tabulação do perfil de nossos leitores e anunciantes encontramos alguns números e percentuais interessantes. A revista já tem leitores em mais de 800 municípios, espalhados por todos os estados brasileiros. São 69% na região Sul e Sudeste. São Paulo lidera com 27%, seguido do Paraná, Rio e Minas. Nas outras regiões, o líder é o Distrito Federal, seguido de Pernambuco, Bahia e Pará. Estes números confirmam que as geotecnologias já invadiram o país de norte a sul. E pelo número de municípios, o interior está mostrando sua força.

Outro número que comprova uma mudança de perfil de usuário da geoinformação é que 59% pertencem ao setor privado e somente 29 % do setor público, restando 12 % para os profissionais ligados ao ensino. As privatizações e as novas aplicações das tecnologias (como geomarketing, agricultura de precisão e monitoramento de veículos) justificam os resultados.

A multi-disciplinaridade das geotecnologias fica clara com a análise do perfil profissional dos leitores. 35 % são engenheiros de diversas áreas, 27 % são engenheiros agrimensores e cartógrafos, geógrafos e geólogos. 11% ligados a área de informática e os restantes 25 % de diversas profissões, que incluem administradores, biólogos, gerentes de marketing e logística.

Temos em nosso banco de dados mais de 400 empresas que atuam no país. Destas, 78 já anunciaram na infoGEO. Prever quanto estas empresas irão faturar em 2.000, quantos empregados têm e quantas ainda não foram nem descobertas é tarefa difícil mas não impossível. A infoGEO procurará neste ano chegar ainda mais perto de números mais precisos deste mercado.

Para saber mais sobre este mercado e suas perspectivas, nesta edição perguntamos a associações de empresas e empresários sobre o que esperam do ano 2.000, e descobrimos que há um clima de otimismo no ar. Fala-se em um faturamento total de US$ 200 milhões. Creio pessoalmente que este número será maior.

O Brasil é um gigante que acordou e precisa recuperar os anos de atraso de investimentos em infra-estrutura. A enorme demanda existente já começa a produzir uma grande quantidade de serviços provocando um reaquecimento de mercado tanto para as empresas nacionais como para as internacionais. Isto também tem provocado a abertura de novas empresas e a maior valorização dos profissionais envolvidos. Todos estão ganhando, sendo que o maior vencedor é o usuário, que vê a concorrência aumentar provocando a queda de preços e o aumento da qualidade dos serviços.