O sucesso do projeto de cooperação científica entre Brasil e China que originou o satélite CBERS-1 está incentivando a ampliação de parcerias técnicas entre os países.

Agora os governos brasileiro e chinês confirmaram a intenção de produzir mais dois satélites de sensoriamento remoto voltados à análise de recursos naturais. Luis Felipe Lampréia, ministro brasileiro das Relações Exteriores, confirma que "essas parcerias demonstram a excelência do relacionamento não só técnico como também político entre os dois países". O ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Tang Jiaxuan, lembrou ainda que Brasil e China são duas potências em desenvolvimento "cujas necessidades se complementam".

A parceria tecnológica sino-brasileira será estendida também para as áreas de biotecnologia, informática, genoma humano e pesquisa agrícola. Enquanto isso, o segundo satélite da série CBERS está sendo testado no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos (SP) e deve lançado já em outubro de 2001. O custo do projeto foi de US$ 300 milhões, dos quais US$ 100 milhões foram pagos pelo Brasil.