Depois de dois dias de reunião em Porto Alegre, nesta semana, o Brasil traçou a política que deseja ver implementada em relação ao aqüífero Guarani, um dos maiores reservatórios subterrâneos de água no mundo.

Com o mapeamento hidrogeológico concluído recentemente, o Brasil (que abrange 70% do manancial) pretende investir cerca de US$ 25 milhões até 2005 para incentivar estudos que aprofundem o conhecimento da área, criar um banco de dados e um modelo de gestão, entre outros pontos. Um dos futuros estudos deverá verificar a vulnerabilidade da reserva subterrânea à poluição industrial e agrícola. Atualmente, a água da reserva é considerada de "qualidade natural excelente".

A maior parte dos recursos é originária do GEF (Global Environment Facility), um fundo mundial para o ambiente criado em 1991 por um consórcio de países ricos. Como o reservatório atravessa a Argentina, o Uruguai e o Paraguai, além de oito Estados Brasileiros, o projeto brasileiro será apresentado na próxima semana em Assunção, em uma reunião dos países do Mercosul.