Está quase concluído o mapeamento de algas do mar, rios, lagos e barragens do Estado de São Paulo. O estudo já está sendo feito há quatro décadas, mas a conclusão começou em julho de 1999, com o início de um projeto que reúne 42 pesquisadores de 27 centros de pesquisa do Brasil e do exterior. Até o início, estavam identificadas 2.226 espécies de água doce, ou cerca de 40% da diversidade existente. Hoje, perto de 5 mil espécies estão classificadas, 500 delas ainda não documentadas, das quais 40 ainda inéditas no mundo.

A pesquisa é coordenada pelo biólogo Carlos Bicudo, do Instituto de Botânica (órgão ligado à Secretaria do Meio Ambiente) e conta com financiamento da Fapesp.

O projeto de identificação da flora ficológica (de algas) paulista é inédito no Brasil e faz parte do programa Biota-Fapesp de levantamento dos recursos biológicos do Estado. O resultado será uma publicação de 13 volumes com a descrição dos estudos desde o século passado, que pretendem ajudar no monitoramento da qualidade da água, fornecendo indicadores para a conservação ou a recuperação de ambientes aquáticos.