O ministro da Ciência e Tecnologia, Ronaldo Sardenberg, chamou de futurologia ecológica as conclusões de um estudo sobre a Amazônia conduzido por centros americanos e publicado na revista americana "Science", uma das mais conceituadas.

Segundo a pesquisa, em 20 anos a Amazônia poderá ter 42% de sua área completamente desmatada e apenas 5% de sua vegetação intacta. Os cientistas envolvidos na pesquisa analisaram, entre outros, imagens de satélite e documentos obtidos com o governo brasileiro e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para se contrapor ao estudo, a equipe de Sardenberg fez uma projeção do que aconteceria com a Amazônia em duas décadas, sendo mantida a média de desmatamento da última década, de 17 mil quilômetros quadrados por ano: em 20 anos o desmatamento atingiria, no máximo, 25% da Amazônia. Integrantes da equipe do ministro disseram suspeitar de que a divulgação de previsões catastróficas sobre a Amazônia tem como objetivo desviar a atenção mundial sobre as mudanças climáticas provocadas pela emissão de gases em países desenvolvidos, como os EUA.