O Estado de Mato Grosso, um dos campeões de desmatamento, pôs em prática um sistema capaz de fiscalizar a devastação de forma eficiente. A idéia é baseada no uso de imagens de satélite geoprocessadas em uma escala de um por cinqüenta mil (1:50.000), uma tecnologia disponível há mais de 20 anos, para mapear o desflorestamento em propriedades rurais mato-grossenses.

Com as imagens, os fiscais da Fema (Fundação Estadual do Meio Ambiente) conseguem descobrir quais fazendeiros estão derrubando mais do que o permitido pela lei, e onde. Também conseguem saber quem está fazendo queimadas fora de época, e em que extensão das áreas. Depois de um ano e meio de funcionamento, o sistema de fiscalização de Mato Grosso já provocou a aplicação de 3.000 multas e a prisão de 50 fazendeiros. O governo federal, agora, quer repetir a experiência no restante da região amazônica.

O custo de montagem do sistema de fiscalização, que começou a ser implantado em 1999, deve ficar em torno de R$ 2,5 milhões. Os recursos vieram quase integralmente do PPG-7 (Programa-Piloto de Proteção às Florestas Tropicais), do governo federal, com verbas do grupo dos sete países mais industrializados.