Cientistas que estiveram reunidos em Brasília durante esta semana defenderam urgência no mapeamento da fauna e flora brasileiras para orientar uma posição do país sobre o cultivo de transgênicos. O mapeamento do ecossistema está sendo feito em alguns países em desenvolvimento. A Universidade da Costa Rica, por exemplo, tem quase pronto estudo dos diferentes tipos de arroz nativos encontrados no país. A pesquisa vai orientar a liberação de transgênicos de acordo com as características regionais.

O mapa permite ainda a busca de formas de redução no fluxo gênico das espécies, por meio de barreiras vegetais e épocas de plantio e colheita. Das espécies modificadas, a soja é a que mais desperta conflitos entre organizações não-governamentais e empresas do setor. As entidades promotoras da Campanha Nacional por um Brasil Livre de Transgênicos divulgaram pesquisa, realizada na Bélgica, que aponta possibilidade de um DNA desconhecido na soja da empresa Monsanto permitir seqüências de código para formação de novas proteínas ou apagar funções dentro do próprio DNA.

"Essa tecnologia (dos alimentos geneticamente modificados) é promissora, mas é muito jovem e requer muita pesquisa", ressalta o informativo produzido pelas organizações não-governamentais.