A intensidade de luz noturna pode ser um bom indicador do desenvolvimento urbano de uma cidade ou região. Um estudo conduzido por cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) verificou a incidência de iluminação noturna nos municípios da Amazônia Legal Brasileira. Os estados avaliados foram Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão. A pesquisa comprova os dados obtidos pelo Censo do IBGE: essas regiões hoje estão com maior densidade populacional, perceptível por meio das áreas iluminadas capturadas pelo satélite usado pelo Inpe, o DMSP – o mesmo que permitiu elaborar o mapa do céu noturno mundial.

De acordo com o IBGE, entre 1970 e 1996, a população urbana na Amazônia aumentou de 35,5% para 61%. O satélite captou iluminação em 248 dos 749 municípios avaliados. As imagens foram obtidas pelo satélite entre 2 e 18 de setembro de 1999, por meio de uma parceria com o Departamento de Comércio dos EUA, que explora o satélite.

A Amazônia foi escolhida justamente por apresentar crescimento em suas taxas de densidade urbana. Os cientistas tinham, com o projeto, o objetivo de verificar e qualificar os satélites como forma de acompanhamento da ocupação nas regiões. No entanto, a análise das luzes noturnas não visa substituir os processos tradicionais de contagem populacional.