O governo do Mato Grosso vem desenvolvendo, nos últimos dois anos, um modelo pioneiro de controle ambiental em propriedades rurais com objetivo de combater o desmatamento ilegal e as queimadas no estado.

A inovação no monitoramento de áreas rurais do estado de Mato Grosso através de geoprocessamento levou o Ministério do Meio Ambiente a adotar o projeto como modelo para os estados da região amazônica. Além disso, o sistema de monitoramento da Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEMA) de Mato Grosso já tem reconhecimento internacional.

O sistema, que custou R$ 2 milhões, está sendo estudado como alternativa para a preservação das florestas tropicais do continente asiático e foi apresentado em evento promovido pelo Banco Mundial na Indonésia, no mês de setembro. O projeto foi apresentado também para um grupo de funcionários do Ministério de Recursos Florestais de Madagascar (África) em visita a cidade de Cuiabá, a convite do Banco Mundial.

O sistema permite detectar em tempo real os focos de desmatamento e queimadas não autorizados nas propriedades rurais do estado. Monitorado por satélite, o controle é feito através de computadores instaladas na sede da FEMA em Cuiabá. Desde a implantação do sistema houve uma redução de 28% no avanço do desmatamento e 54% nos focos de queimadas em Mato Grosso.

Além da rapidez do processo – já que com a ajuda do satélite Landsat 7, os técnicos podem verificar até seis propriedades por dia – o sistema tem a vantagem de permitir um acompanhamento minucioso das propriedades o que seria impossível percorrendo as áreas por terra.