Sistemas de informações geográficas deram origem a um calhamaço de 544 páginas que chegou às livrarias nesta semana. O volume se chama "Biodiversidade na Amazônia Brasileira", uma co-edição da Editora Estação Liberdade e do Instituto Socioambiental (ISA) para o trabalho de um consórcio com outras cinco ONGs que, como o ISA, militam tanto na preservação da floresta quanto na produção de dados de qualidade sobre ela. As seis organizaram um célebre seminário em Macapá, em setembro de 1999.

Durante seis dias, duas centenas de especialistas se debruçaram sobre dezenas de cartas temáticas para terminar propondo 385 áreas prioritárias de biodiversidade na Amazônia.

É o cerne da publicação, que leva o subtítulo "Avaliação e Ações Prioritárias para a Conservação, Uso Sustentável e Repartição de Benefícios".

Na década de 70, um único mapa das províncias minerais do Projeto Radam Brasil parecia orientar a penetração predatória e desordenada. O modelo resultou na média anual de mais de 17 mil km2 de desmatamento desde o começo dos anos 90, ou quase um Sergipe a cada 12 meses.

Agora serão dezenas, centenas de cartas, uma quantidade muito mais condizente com a complexidade da região.