Com o barco Paratii 2, Amyr Klink segue para a Antártica, na primeira fase da expedição de volta ao mundo que deverá durar três anos.

A etapa antártica, que será cartografada, termina em maio e será a primeira experiência navegável no Mar de Belingshausen, uma região inexplorada. A cabine de comando do barco tem interface com o sistema GPS, que fornece o posicionamento do barco por satélite, e possui um sistema que armazena todas as cartas cartográficas existentes.

O barco é capaz de velejar por mares até agora inacessíveis porque tem três anos de autonomia de combustível. Além disso, é o único veleiro com tais características que pode navegar em águas de apenas 1,6 metro de profundidade. Pela primeira vez, o navegador não fará uma grande viagem sozinho; terá a companhia de uma pequena tripulação. O projeto de construção do Paratii 2 começou em 1993. Foi interrompido diversas vezes, por dificuldade de obtenção de recursos.

O barco de Klink foi projetado pelo escritório francês Petit & Bouvet, o mesmo que desenvolveu o Sea Masters do navegador neozelandês Peter Blake, assassinado no ano passado no Amapá. A embarcação de Amyr Klink custou US$ 5 milhões.