O chanceler alemão Gerhard Schroder recebeu com entusiasmo a proposta do presidente brasileiro de se construir, em parceria, um satélite de sensoriamento remoto a ser posicionado na linha do Equador. Esse satélite permitirá o acompanhamento diário das florestas tropicais, ajudando a monitorar, além da região amazônica, as florestas africanas e asiáticas.

O ministro da Ciência e Tecnologia (MCT), Ronaldo Sardenberg, disse que esse é um projeto de grande valor ao permitir um acompanhamento em tempo real do desmatamento florestal. Segundo o secretário de Políticas e Programas de Ciência e Tecnologia do MCT, Gylvan Meira, existem várias formas de se fiscalizar a região. No entanto, essa é um alternativa tecnicamente viável e mais barata.

Com esse acompanhamento será possível o deslocamento mais rápido e eficiente das equipes de fiscalização, reduzindo-se o desmatamento ilegal. Essa é uma das possibilidades que se abre com a assinatura do acordo de cooperação entre a Agência Espacial Brasileira e a Agência Aeroespacial Alemã, ocorrida na quinta-feira (14/2).

O acordo prevê o uso pacífico do espaço exterior e identifica as seguintes áreas de cooperação: ciência espacial, ciência da Terra, microgravidade, concepção, desenvolvimento, exploração e controle de plataformas orbitais, veículos espaciais relacionados à observação da Terra e utilização de infra-estrutura espacial.