O georadar é um equipamento desenvolvido na Itália e que será utilizado pela primeira vez em São Paulo, na avaliação de um sítio histórico urbano, localizado na zona leste da cidade. A área a ser "varrida" com a nova tecnologia arqueológica não-invasiva é o Sítio do Capão, construção tombada que consta do Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos.

O georadar, ou GDR, é multifreqüencial e multicanal. Como qualquer radar, o equipamento emite sinais, que penetram no solo ou nas estruturas do edifício, retornando, como um eco, ao encontrar obstáculos e formando imagens de acordo com a resposta. A diferença é que, neste caso, são usadas 3 freqüências (600, 400 e 200 MHz) simultâneas e 6 antenas diferentes.

A leitura é monoestática – o sinal é transmitido e captado na mesma antena -, biestática (o sinal é emitido por uma antena e captada por outra) e crospolar (o sinal é transmitido por uma antena perpendicular à antena de recepção). Tudo isso para criar uma imagem tridimensional do solo, onde é possível visualizar não só os obstáculos mais próximos da superfície, mas, muitas vezes, também o que está por trás deles.

Antes de ser feita uma varredura, toda a cartografia do lugar é colocada num software, no computador, de modo que cada objeto ou estrutura que aparece na imagem fica bem localizado.