Durante a visita que fez nesta semana ao presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Múcio Dias, o ministro da Comissão de Ciência, Tecnologia e Indústria para Defesa Nacional da República Popular da China, Liu Jibing, surpreendeu-se com o desenvolvimento do programa espacial brasileiro. Para Jibing, "o Brasil é uma grande potência entre os países em vias de desenvolvimento e está entre os primeiros em tecnologia aeroespacial. Estou impressionado com a organização das atividades espaciais do País", salientou.

O ministro chinês chefiou uma comissão de 13 especialistas que estão no Brasil para concluir o acordo de cooperação entre os dois países para o desenvolvimento dos satélites CBERS 3 e 4. A proposta deve ser assinada ainda este ano.

O presidente da AEB, por sua vez, disse que a cooperação com a China se encaixa na política brasileira para a área espacial. Dias anunciou que, a partir deste ano, o satélite CBERS 1, que já está há dois anos em órbita, passará a ser utilizado no monitoramento da região amazônica, uma área de 5 milhões de km². "As aplicações de sensoriamento remoto justificam os esforços e os investimentos no setor", acrescentou o presidente da AEB.

Segundo Dias, o acordo bilateral com a China já é reconhecido como um projeto bem sucedido e a intenção do governo brasileiro é aumentar a participação do Brasil dos atuais 30 para 50% no desenvolvimento dos próximos satélites CBERS.