O novo Atlas Mundial da Biodiversidade: Recursos Vivos da Terra para o Século 21, lançado pela Organização das Nações Unidas (ONU), mostra a importância das florestas, áreas úmidas, ecossistemas costeiros e marinhos e outros ambientes naturais para a manutenção da biodiversidade global. Segundo o atlas, as atividades humanas levaram a perdas de biodiversidade em ritmo alarmante. As estimativas da ONU revelam que nos últimos 150 anos os homens impactaram ou alteraram, diretamente, cerca de 47% da área terrestre.

Estão mapeadas na publicação, por exemplo, as áreas de maior concentração de biodiversidade do planeta, com grande destaque para a Amazônia, assim como as regiões mais vulneráveis, entre as quais se destaca a mata atlântica brasileira. A divisão do mundo em hotspots e ecorregiões também está representada e há uma série de mapas da evolução da biodiversidade através do tempo e sua relação com a humanidade.

Segundo cálculos da equipe do World Conservation Monitoring Center (WCMC) do Programa das Nações Unidas sobre Meio Ambiente (Pnuma), responsável pela produção do atlas, a humanidade hoje converte 40% da produtividade do planeta para seu próprio benefício, de uma forma destrutiva e insustentável, dilapidando o capital natural do planeta.