Nesta semana, o Brasil acertou com a Nasa sua permanência na ISS (Estação Espacial Internacional). Foram realizadas duas reuniões no Centro Espacial Johnson, em Houston (EUA), em que participaram Múcio Dias, Carlos Santana e Antônio MacDowell, respectivamente presidente, diretor de Projetos Espaciais e diretor de Administração e Planejamento da Agência Espacial Brasileira (AEB), e Petrônio Noronha de Souza, coordenador do projeto ISS no Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), além do astronauta brasileiro Marcos Pontes. As exigências brasileiras para o início das discussões eram a manutenção do plano original de gastos do país, de US$ 120 milhões, e a fabricação das peças pela indústria brasileira.

Os americanos, por sua vez, exigiam que a participação brasileira não afetasse o cronograma da ISS. O problema é que uma importante peça, antes prevista para ser fabricada pelo Brasil, o Express Pallet (uma plataforma de experimentos), estava sozinha estourando o custo total previsto para a participação nacional. Os estouros estavam atrasando a construção das peças a ponto de ameaçar o planejamento da Nasa, levando a agência a dar um ultimato ao governo brasileiro. Na quarta-feira (2/10) ficou definido que o Express Pallet não vai mesmo ser fornecido pelo país.

Ninguém ainda está autorizado a revelar quais são as novas peças que o Brasil deverá fabricar. Com a manutenção da participação brasileira, Pontes segue com seu treinamento em Houston para realizar um vôo a bordo de um ônibus espacial americano. Ele está aprovado para voar, mas ainda não tem decolagem marcada.