Formamos hoje no Brasil uma comunidade de profissionais sérios com competência instalada e consagrada e relevantes serviços prestados à nação nos mais diversos assuntos, desde a aerofotogrametria, as técnicas de radares, perfiladores a laser, GPS, as que empregam satélites de diferentes resoluções, consultorias, etc.

Apesar de estarmos todos globalmente conectados através de correio eletrônico e telefones 24 hs por dia, os relacionamentos com pessoas ficaram mais importantes do que nunca.

Nesses novos tempos, mais do nunca, o valor do conhecimento e da informação é medido basicamente em termos de sua utilidade, de seu benefício para as pessoas e para a comunidade. E a habilidade de criar amizades, a generosidade e caráter passam a ser as características vitais dos profissionais em qualquer ramo de atividades.

A taxa e escopo de mudanças constantes fez com que todos obrigatoriamente nos tornássemos mais criativos, competitivos, mais inovadores na criação de novos produtos, serviços, bem como no tratamento com nossos clientes. O mesmo ocorre com nossos parceiros e nas chamadas alianças comerciais. Isto fez com que as relações de alta confiança no mundo dos negócios se tornassem o ativo mais precioso de profissionais e empresas. No entanto nossa formação essencialmente técnica não nos prestigiou nos bancos da escola com os fundamentos da psicologia do sucesso.

Freqüentemente muitas pessoas envoltas pelo encantador mundo "high-tech" não percebem a importância do lado "pessoas". Para elas a tecnologia por si só é a resposta. Elas não entendem que são justamente as "pessoas" que decidem adquirir e implementar a tecnologia que elas criaram ou representam. Computadores não tem a capacidade de decidir contratar você, pessoas sim! É fundamental entendermos a verdadeira solidão em que se encontra o cliente na hora de decidir a compra.

Nos postos de trabalho do passado, os escopos de trabalho eram mais estreitos e claramente definidos. As pessoas podiam afirmar que eram engenheiros, geógrafos, biólogos, agrimensores, analistas financeiros, administradores, arquitetos, etc., e sabiam que habilidade com pessoas não necessariamente fazia parte de seus requisitos, de seus portfólios. Até porque se o produto é bom e existe mercado, por que o produto ou serviço não vende? No entanto nos dias de hoje nossa responsabilidade é maior e estamos praticamente todos em uma suposta "posição de vendas". Seja um produto, um serviço ou uma empresa que você está representando, o quão bem você se relaciona às pessoas com as quais se conecta ou relaciona em sua vida profissional, é responsável por uma grande parte de seu sucesso e consequentemente do sucesso de sua empresa. Este pensamento transcende clientes, empregados, parceiros, a mídia, e a comunidade.

Lembre-se: "networking" – sua rede de relacionamentos, não é venda! Trata-se de desenvolver relacionamentos com pessoas. Destes relacionamentos sinceros podem advir todas as coisas que você quer ou precisa; um novo emprego, contratos, melhores negócios. Mas primeiro é preciso estabelecer credibilidade com pessoas. De outro modo você é apenas um ilustre desconhecido; e que motivos alguém teria para confiar e fazer negócios com um desconhecido?

Portanto não somente O QUE você sabe mas QUEM você conhece e influencia, quem são suas referências, é de vital importância.

Vivemos não mais a época do VER para CRER mas sim do CRER para VER.

Afinal de contas informação não é o que sai não é o que é vei-culado, mas literalmente o que chega, o que é literalmente compreendido, e marketing nada mais é do que uma proposta irrecusável. Tenho a convicção que como brasileiros que somos não teremos dificuldade em quebrar a dicotomia AMIZADE É AMIZADE e NEGÓCIO É NEGÓCIO. Deste modo o sucesso empresarial passa a ser inevitável a todos, ainda mais porque o mercado brasileiro é vasto e está à nossa espera.

Ulf Walter Palme é especialista em Sensores Remotos e Aplicações, palestrante e professor. ulfpalme@directnet.com.br.