A exposição "O tesouro dos mapas" será inaugurada no dia 6 de dezembro no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Sob a curadoria de Paulo Miceli, especialista em história das navegações e da cartografia, estão reunidas 220 peças de Edemar Cid Ferreira, do Banco Santos, que patrocina a exposição.

Com grande sucesso, esta mostra marcou a inauguração do Instituto Cultural Banco Santos em meados deste ano. A exposição é dividida em quatro módulos, intitulados "O desenho do mundo", "Mapa: arte e técnica", "A cartografia européia e o desenho do mundo" e "A última terra – O desenho do Brasil".

Fazem parte peças como o valioso Atlas de J. Fr. Roussin, manuscrito veneziano de 1673, que reúne cinco mapas sobre o Atlântico, o Mar Egeu, o Mediterrâneo, a Europa e a Ásia, além de cinco raríssimas cartas-portulanos, que, desenhadas sobre pergaminhos, tinham caráter prático, principalmente para a navegação no Mediterrâneo. No segundo módulo é possível ver que os cartógrafos do Renascimento não se preocupavam só com noções matemáticas e astronômicas, mas também com a estética.

O destaque do módulo seguinte são os mapas holandeses e flamengos, especialmente os desenhados por Mercator e Ortelius, responsável pelo "Theatrum Obis Terrarum", que, editado em 1570, foi o primeiro atlas moderno. A exposição desembarca no Brasil com um conjunto de cartas que reproduzem o país através do olhar de cartógrafos europeus dos séculos XVI a XIX.