A Magnetti Marelli, empresa italiana de componentes eletônicos para a indústria automotiva, entregou para avaliação das montadoras brasileiras um sistema de navegação de automóveis. Os testes devem terminar dentro de um ou dois anos.

A proposta da Marelli é transformar o sistema em ítem de fábrica nos carros nacionais. Atualmente, na Europa e nos Estados Unidos, veículos luxuosos vêm com GPS integrado, embora 6% dos modelos mais simples, como o Peugeot 206 e o Fiat Punto, também já saiam de fábrica com o sistema. Na Europa, os preços dos sistemas variam entre mil e seis mil euros, absorvendo anualmente cerca de 25 milhões de euros em investimento.

“Sabemos que no Brasil há demanda, mas desconhecemos seu tamanho”, diz o presidente da filial brasileira da Marelli, Alberto Gerardi.

O maior impedimento, o mapeamento das cidades brasileiras, já começa a ser superado. A empresa trouxe para o Brasil técnicos da Navteq, companhia americana que trabalha com informações cartográficas.

A equipe da Navteq mapeou o Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, uma área que abrange 23,5 milhões de habitantes e 40 mil quilômetros de estradas. O detalhado trabalho, que começou em setembro de 2004, incluiu ainda a marcação de pontos como aeroportos, hotéis, parques e restaurantes. Além de traçar rotas, o sistema pode integrar recursos como viva-voz e rastreamento.

Assim que as montadoras aprovarem o sistema, Gerardi afirma que a empresa estará pronta para fabricá-lo na unidade de Hortolândia, em Minas Gerais, onde já são produzidos painéis e computadores de bordo.


GPS a bordo já não é mais artigo de luxo na Europa. Foto: Divulgação