As recentes alterações originadas pela Lei 10.267, que gerencia os imóveis rurais, estão preocupando os proprietários e profissionais de topografia e georreferenciamento em todo o Brasil.

Uma pesquisa realizada recentemente pela GITA Brasil (Associação Geoespacial de Informação e Tecnologia) constatou uma expectativa de crescimento de 22% nas vendas, projetando receitas em torno de R$ 530 milhões para o ano de 2005. O presidente da GITA, Geovane Cayres Magalhães, confirma que a indústria de geoinformação estimou na pesquisa um acréscimo de 16% somente no setor de vendas de equipamentos, de acordo com a pesquisa de mercado – perfil da indústria da geoinformação 2005. O aumento no setor é fruto da nova legislação, que busca eliminar a grilagem de terras no Brasil e obriga os proprietários rurais a georreferenciarem suas terras até o ano de 2010.

Segundo Danilo Santos, gerente de produtos da Manfra, empresa paranaense de instrumentos para topografia e geodésia, a implantação da lei impulsiona o mercado de equipamentos de geodésia no Brasil. Entre os mais vendidos estão os GPS (Global Positioning System), que realizam a localização e marcação de vértices das propriedades. “A venda de aparelhos dobrou desde que a lei foi homologada. É um mercado que toma grandes proporções”, comenta.

Ele atenta ainda que a maior preocupação dos proprietários que pretendem georreferenciar suas terras deve estar na contratação de profissionais qualificados, habilitados pelo INCRA e que possuam aparelhos de qualidade. “Se a medição apresentar algum problema, o INCRA poderá exigir uma remedição do local e o proprietário poderá gastar o dobro com a contratação de um novo profissional. Vale lembrar que a tecnologia ainda é recente no Brasil e esse tipo de trabalho ainda possui um custo muito alto”, diz.