Chris AndrewsInfoGEO: Como as Cidades Digitais podem ajudar no alerta global e nas mudanças climáticas?
Chris Andrews: O projeto “Cidades Digitais" é um desenvolvimento colaborativo criado em torno de um detalhado modelo 3D que permite a pesquisadores da rede pública, governantes das cidades, construtores e comunidade trabalharem juntos, de uma forma que é atraente e significativa para entender como propostas e política podem impactar o desenvolvimento urbano com experiência no futuro da cidade antes que se torne real. A Central de Cidades Digitais é o conceito de cenário que vem com visualizador, análise e simulador que fornece uma forma interativa e intuitiva para o usuário experimentar a cidade digital. Por exemplo, o cenário pode comparar o impacto de propostas  múltiplas de desenvolvimentos diferenciados na paisagem urbana, com o tempo, e permitir ao usuário escolher qual combinação de opções avaliar.

IGEO: Quais os primeiros resultados do Projeto Cidades Digitais em Salzburg, Incheon e Vancouver?
CA: O “Cidades Digitais” da Autodesk fornece um recurso de visualizar, analisar e simular detalhadamente dados em 3D de várias fontes, incluindo design (CAD), Modelo de Informação de Construções (BIM) e Sistemas de Informação Geográfica (GIS), enquanto protege a privacidade e integridade dos dados que são compartilhados. Os usuários podem escolher como visualizar seus dados e como os outros podem interagir com ele. Como resultado desse programa, as cidades estão aptas a integrar os dados já existentes de cidades 2D e 3D em alto grau de detalhamento tridimensional. Juntando esses dados com a visualização real e ferramentas de simulação, as cidades estão aptas a visualizar e explorar as paisagens, assim como analisar os impactos futuros no planejamento urbano, turismo e economia, desenvolvendo projetos antes da sua construção. Estamos trabalhando em cada cidade piloto, com diferentes ideias e objetivos sobre como eles querem usar a tecnologia “cidade digital”. A Autodesk está trabalhando em cada cidade para explorar suas necessidades e descobrir como a tecnologia “cidade digital” pode ser mais usada na política, economia e condições operacionais diferenciadas de cada programa piloto.

IGEO: A Autodesk pretende ter uma “Cidade Digital” na América Latina? E mais especificamente no bloco que reúne Brasil, Rússia, Índia e China (Bric)?
CA: Nós pretendemos trabalhar com várias cidades ao redor do mundo, mas fizemos um anúncio formal sobre nosso programa de cidade piloto apenas em Salzburg, Incheon e Vancouver.

IGEO: Quais as vantagens, para as cidadãos, de viver em uma “Cidade Digital”?
CA: O conceito de “cidade digital” que a Autodesk está desenvolvendo é um jeito novo e diferente para agências de cidades, construtoras e para o público visualizar, analisar e interagir com informações sobre o ambiente em que eles vivem ou operam. Fornecendo um ambiente comum para colaborar com o modelo 3D detalhado, que permite os usuários experimentar a cidade em qualquer ponto, a qualquer hora e sob qualquer ponto de vista, além de prever o impacto de futuras propostas para ser acessado em alta definição. A habilidade dos proprietários de dados, para controlar acesso ao modelo de sua “cidade digital”, ajudará a aumentar a confidencialidade e fazer com que os dados possam ser compartilhados dentro e entre as organizações, além do público em geral. Para facilitar o acesso, o alto nível de detalhes que podem ser representados nos modelos da cidade digital e a poderosa tecnologia de visualização que permite os usuários “verem o projeto antes que se torne real”, possibilitarão à agência da cidade, empresas de construção ou outra organização empenhar-se em investir em políticas e propostas de uma forma significativa. A habilidade de os usuários interagirem intuitivamente com dados complexos na cidade modelo permite a eles entenderem melhor e fazerem comentários sobre valores e qualquer preocupação em relação ao projeto ou proposta. A habilidade de brincar com o tempo, durante o impacto de múltiplos projetos, e adicionar, remover ou mudar estruturas feitas pelo homem, permite a todos, engajados na “cidade digital”, experimentar a mudança de uma “perspectiva humana”, seja olhando para fora da janela, dirigindo pela estrada ou se posicionando no nível da rua.

IGEO: Quais as fontes de dados para o projeto Cidade Digital (como mapas, construções e modelos de terrenos, por exemplo)?
CA: As fontes de dados incluem terrenos, imagens, geometria vetorial, modelos com detalhes de construções e outros investimentos, e um atributo de informações extenso para investimento de cidades.

IGEO: Quais os softwares utilizados no projeto “Cidade Digital”?
CA: As ferramntas da Autodesk incluem AutoCAD Map 3D, Revit, 3DCivil e Max3ds. Todos podem ser usados na criação de um modelo de Cidade Digital, mas várias outras fontes de dados podem ser usadas também.

IGEO: Uma cidade pequena pode participar do projeto Cidades Digitais?
CA: Neste momento, estamos limitados a três pilotos oficiais de pesquisa de Cidades Digitais com municípios parceiros. Experimentos com projetos de clientes estão sendo considerados em diferentes regiões, incluindo o Brasil. Pequenas a médias cidades são perfeitas para trabalhos com algumas tecnologias das Cidades Digitais Autodesk, incluindo o Autodesk LandXplorer, liberado recentemente.