O Cbers-3, quarto satélite da parceria entre Brasil e China, foi transportado do centro espacial de Beijing para a base de lançamento de Taiyuan (TSLC) no dia 18 de outubro. O Programa Cbers (sigla em inglês para Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres) no Brasil é desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e na China, pela Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST). O lançamento do Cbers-3 está previsto para a primeira quinzena de dezembro.

“O transporte foi realizado por trem e a viagem durou aproximadamente 15 horas. No centro técnico do TSLC os especialistas do Inpe e da CAST farão a integração dos módulos de serviço e de carga útil do satélite, que serão submetidos novamente a testes elétricos para verificar se não houve danos durante o transporte. Em seguida serão realizadas as atividades de preparação final do satélite e a instalação do painel solar. Ao término destas atividades será realizada a Revisão de Prontidão do Satélite (SRR), que autoriza o enchimento dos tanques de combustível do satélite”, explica Antonio Carlos de Oliveira Pereira Junior, engenheiro do Inpe.

Após as atividades de SRR, o satélite será transferido para a torre de lançamento e acoplado ao foguete Longa Marcha-4 para a realização dos testes de pré-lançamento.

Acondicionamento do CBERS-3 para transporte à base de lançamento

Programa Cbers

O uso de satélites permite monitorar com mais eficiência e economia as transformações no meio ambiente, tanto as naturais quanto aquelas causadas pela ação do homem. A observação a partir do espaço é ainda mais importante para países de dimensões continentais, como o Brasil e a China.

Em 1988, os dois países criaram o Programa Cbers para juntar esforços pela capacitação na área de observação da Terra. Já foram lançados três satélites – Cbers-1, em 1999, Cbers-2, em 2003, e Cbers-2B, em 2007.

Imagens de satélites são fundamentais para coletar, de forma rotineira e consistente, informações sobre a superfície da Terra como as necessárias para avaliar mudanças globais, as florestas, a evolução do agronegócio, estudos urbanos e costeiros. Satélites também são essenciais para obter informação de forma rápida sobre eventos cuja localização e ocorrência é de difícil previsão ou acesso, como desastres naturais (enchentes, por exemplo), ou produzidos pelo homem (queimadas, poluição causada por derramamento de óleo no mar).

O Inpe distribui diariamente pela internet centenas de imagens de satélites a 1,5 mil instituições públicas e privadas do país. A disponibilidade de dados Cbers permite que se desenvolvam cada vez mais novas aplicações de sensoriamento remoto no Brasil. Além disso, o Programa Cbers promove a inovação na indústria espacial nacional, gerando empregos em um setor de alta tecnologia fundamental para o país.

Mais informações sobre o Programa Cbers estão disponíveis na página www.cbers.inpe.br

Fonte: Inpe


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