Começou nesta quinta-feira (20) a última bateria de testes do segundo nanossatélite brasileiro e primeiro Cubesat nacional, o NanosatC-Br1. A atividade, realizada no Laboratório de Integração e Testes (LIT) no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos (SP), prossegue até o dia 28.

Em seguida, o satélite será levado para a Holanda, onde também serão feitos alguns testes antes do seu embarque para a Russia, de onde tem lançamento previsto para o dia 19 de junho.

Desenvolvido com recursos da Agência Espacial Brasileira (AEB), o NanosatC-Br1 é um dos quatro artefatos nacionais programados para lançamento este ano. No segundo semestre está previsto o lançamento dos satélites AESP-14, desenvolvido pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) com apoio do Inpe; do Serpens, cuja produção envolve diversas universidades coordenadas pela AEB, e do UbatubaSat, que é um CanSat produzido pelos alunos da Escola Municipal Presidente Tancredo de Almeida Neves, de Ubatuba (SP), com a orientação do Inpe.

O primeiro nanossatélite nacional foi o Unosat-1, das universidades Norte do Paraná (Unopar) e Estadual de Londrina (UEL), que foi destruído no acidente com o VLS-1 no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, em 2003.

Compõem as três cargas do Br-1 um magnômetro para utilização dos seus dados pela comunidade científica; um circuito integrado projetado pela Santa Maria Design House da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no Rio Grande do Sul (RS), e o hardware FPGA, que deve suportar as radiações no espaço em função de um software desenvolvido pelo Instituto de Informática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Qualificação

A Estação Terrena de Santa Maria, que vai monitorar o cubesat em órbita, e a que fica no ITA, em São José dos Campos (SP), já estão em operação, inclusive, recebendo dados de vários cubesats lançados por outros países. As informações coletadas, informa Otávio Durão, um dos coordenadores do programa Br-1, são enviadas para os proprietários dos artefatos, “mas são disponibilizadas entre as diversas instituições, pois o entendimento é o de que quanto mais cooperação entre todos, mais rápido será o desenvolvimento dessa etapa da era espacial”.

A operação simultânea e a coordenação destas duas Estações Terrenas de Rastreio e Controle de Nanossatélites do Programa NanosatC-BR qualificam o Brasil ao rastreio e controle de CubeSats, que operam nas bandas de frequências determinadas pela International Amateur Radio Union (Iaru), o que é significativo e complementa o Programa Espacial Brasileiro. A equipe do Inpe tem em fase final o software de missão

Além da exigência de menos recursos, a difusão de informações entre as instituições de pesquisa e ensino permite que cada vez mais países tenham seus cubsats. Na América Latina, têm esses equipamentos a Argentina, o Equador, o Peru e a Colômbia, cujo nanossatélite é o mais antigo do continente em operação.

O NanosatC-Br1 é um pequeno satélite científico (pouco mais de um quilo) e o primeiro cubesat desenvolvido no país, produzido em parceria do CRS, do Inpe e da UFSM. Também esteve envolvida na sua preparação a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e as empresas Emsisti, Innovative Solution in Space (ISS), empresa holandesa fornecedora da plataforma do cubesat, e a brasileira Lunus Aeroespacial.

Fonte: AEB


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