O crescimento populacional, a urbanização, as questões ambientais (aquecimento global, poluição, abastecimento) e a melhoria da qualidade de vida criam novos desafios para as cidades. Estima-se que mais de 50% da população mundial já vivem em cidades. Isso exige que se faça uso inteligente dos recursos limitados.

Os grandes problemas das cidades estão associados aos grandes problemas das sociedades modernas. As cidades são responsáveis por 75% da emissão global de CO2. A perda econômica causada por congestionamentos é de 78 bilhões de dólares ao ano.

Ao mesmo tempo, a importância das cidades para economia mundial é cada vez maior: por volta de 80% da produção econômica vem das cidades e as 150 maiores áreas metropolitanas são responsáveis por 41% do Produto Interno Bruto mundial, com apenas 14% da população global.

A escala e a complexidade desses problemas emergentes exigem soluções sofisticadas com base em informações precisas, oportunas, tratadas em tempo real e localizadas no espaço.

As Tecnologias de Informação e Comunicações (TICs) oferecem grande potencial para enfrentar os desafios das cidades em função da capacidade de coletar, transmitir, gerenciar, analisar grandes quantidades de dados, de forma abrangente e eficiente. Estima-se que o aumento da eficiência das cidades através das TICs possam reduzir em 15% as emissões de CO2 até 2020.

As Cidades Inteligentes, através das inovações trazidas pelas Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), podem otimizar o trânsito (semáforos inteligentes), o transporte público, o consumo de energia (iluminação pública, edifícios), o consumo de água e a segurança dos cidadãos.

Um novo tipo de TIC é necessário para atender as necessidades das Cidades Inteligentes e os Sistemas e Informação Geográfica têm importante papel nessa nova arquitetura tecnológica, pois sem a localização geográfica dos eventos capturados pelos sensores não é possível tomar decisões.

As Cidades Inteligentes se apoiam em localização inteligente de eventos criados em tempo real por bilhões de sensores. Esses dados tem que ser capturados, geograficamente processados e interpretados para que aplicações identifiquem padrões, façam predições e suportem a tomada de decisão através de visualização geográfica.

Assim, o geoprocessamento se baseia em tecnologias de Big Data para tratar o grande volume, variedade e velocidade dos dados. Requisito importante é a padronização da interoperabilidade dos dados espaciais em todas as fases do processo. A falta de padronização é considerada como uma das maiores ameaças ao sucesso de Internet das Coisas e das Cidades Inteligentes.

Nesse contexto, o Open Geospatial Consortium definiu conjunto de padrões chamado Sensor Web Enablement. São padrões de codificação de observações e sensores, Web Services e arquitetura que tratam de modo abrangente todas as necessidades de tratamento de dados espaciais para as Cidades Inteligentes.

Todos os detalhes deste projeto serão apresentados durante Fórum Geoinformação para Cidades Inteligentes, no dia 7 de maio em São Paulo (SP), durante o MundoGEO#Connect LatinAmerica 2015. Veja as opções de participação na conferência.