A engenheira agrônoma Maria Lúcia Falcón tomou  posse na segunda-feira (30/3), na presidência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

A escolha do nome de Maria Lúcia envolveu consultas a movimentos sociais e às diferentes correntes políticas que atuam no interior do Partido dos Trabalhadores (PT). Também levou em consideração o desejo da presidente Dilma Rousseff de nomear alguém com experiência na área administrativa.

Maria Lúcia é Engenheira agrônoma, com especialização em economia e sociologia, tornou-se conhecida no interior do partido especialmente por sua atuação como secretária de Estado de Planejamento de Sergipe, no período de 2007 a 2010.

Em 2011, no início do primeiro mandato da presidente Dilma, seu nome foi cogitado pela primeira vez para a presidência do Incra. Acabou nomeada, porém, para a secretaria nacional de Planejamento e Investimentos Estratégicos, no Ministério do Planejamento.

Maria Lúcia voltou em 2012 para Sergipe, onde chefiou a Secretaria de Desenvolvimento Urbano na fase final da gestão Deda. Antes de atuar no governo estadual, ela comandou a Secretaria de Planejamento da Prefeitura de Aracaju.

Até a quarta-feira, 18/3, quando saiu a sua nomeação oficial para o Incra, ela atuava como assessora da presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Pelo site da Petrobras também é possível saber que Maria Lúcia já integrou o Conselho Fiscal da estatal.

Ela tem o apoio de movimentos sociais que defendem a reforma agrária, entre eles o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e a Via Campesina. Maria Lúcia é conhecida entre eles sobretudo como um quadro técnico do Estado de Sergipe, que pode representar o fim do predomínio de uma corrente petista no Incra.

A nova presidente substituirá Carlos Guedes (2012-2015). O nome da presidente nomeada para o Incra não foi a primeira opção depositada na mesa da presidente Dilma. O nome mais cotado inicialmente era o de Maria Fernanda Coelho, ex-presidente da Caixa Econômica Federal.

A escolha recaiu sobre Maria Lúcia depois que Patrus Ananias, titular do Ministério do Desenvolvimento Agrário (ao qual está vinculado o Incra), convidou a ex-presidente da CEF para trabalhar com ele, no cargo de secretária nacional executiva da pasta.