Como ferramenta de visualização e análise de informações geográficas, o GIS serve antes de tudo para comunicar

As definições do termo “mapa” na literatura geralmente afirmam que ele é um meio de armazenamento e comunicação de informações georreferenciadas. Já o termo “Sistemas de Informações Geográficas” (acrônimo GIS em inglês) é apresentado nas referências mais recentes tendo “comunicar” entre as suas funções.

A defesa da ideia que GIS é um meio de comunicação não é recente. Ela foi apresentada pela primeira vez, no ano de 2001, em um artigo chamado “GIS as media?” tendo como coautor o conhecido pesquisador Michael F. Goodchild. Em outro artigo de 2011 intitulado “The convergence of GIS and social media: challenges for GIScience”, os mesmos autores atualizam a definição de GIS como mídia e afirmam que o GIS é utilizado hoje como uma mídia social. Mídia é geralmente entendida como um meio de se enviar mensagens ou comunicar informação ao público geral. O GIS pode ser definido como uma tecnologia especialmente focada na comunicação da informação geográfica.

De meio século para cá, a partir de quando o primeiro GIS foi desenvolvido na década 1960, a definição para “Sistemas de Informações Geográficas” veio sendo ampliada conforme evoluíram a sua utilização e a tecnologia. Em linhas gerais, o GIS foi primeiramente descrito como um conjunto de funções computacionais para realizar geoprocessamento, depois houve a definição que o GIS é uma ferramenta que auxilia o entendimento do mundo e suporte a decisão. Ao colocar o GIS como mídia, estamos descrevendo-o como ferramenta para comunicar o conhecimento sobre a superfície da Terra. Observe que todas as três definições são complementares.


Este artigo, escrito por José Augusto Sapienza Ramos, faz parte da revista MundoGEO 80, edição que já está disponível no portal MundoGEO. Continue lendo o artigo GIS como mídia, GIS para comunicar!