O primeiro teste de interface entre subsistemas da carga útil do satélite sino-brasileiro Cbers-4A, que levará a bordo três câmeras, foi realizado na China à semana passada pelos técnicos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (Cast).

De 24 a 27 de agosto, nos laboratórios da Cast, foram bem-sucedidos os testes de interface entre os simuladores das câmeras WPM (Câmera Multiespectral e Pancromática de Ampla Varredura), MUX (câmera multiespectral) e WFI (Câmera Imageadora de Campo Largo) e o Subsistema Transmissor de Dados (DTS) do satélite.

O Subsistema Transmissor de Dados (DTS) tem a função de receber, gerenciar e transmitir em tempo real os dados de imagens das três câmeras. Estes dados também podem ser gravados pelo Subsistema DDR (Gravador de Dados Digitais) e transmitidos para a estação terrena.

“É muito importante a validação das interfaces entre os subsistemas, pois os dados de imagem são transmitidos para as estações terrenas em alta taxa (900 Mbps), com tecnologia de compressão e codificação, sendo necessário verificar a compatibilidade entre as câmeras e o transmissor de dados”, informa o engenheiro Carlos Alberto Bento Gonçalves, arquiteto de comunicações do Programa Cbers no Inpe.

Câmeras – A câmera chinesa WPM é a nova carga útil desenvolvida para o Cbers-4A e pode obter imagens com resolução espacial de dois mestros na banda pancromática e de oito metros nas bandas multiespectrais, com largura de faixa imageadora de 90 km.

A câmera MUX, fabricada no Brasil pela Optoeletrônica, opera em quatro bandas multiespectrais e tem capacidade de prover imagens com resolução espacial de 16m, com largura de faixa imageadora de 95 km.

A câmera WFI, também de fabricação nacional pela Equatorial, tem resolução espacial de 55m, com largura de faixa imageadora de 684 km.

Informações sobre o programa de satélites Cbers na página: www.cbers.inpe.br

Fonte: Inpe