Sensoriamento remoto através de satélites é, atualmente, um instrumento de grande valor técnico, científico e estratégico em muitas áreas da atividade humana, entre elas, cartografia plana e 3D, monitoramento e proteção ambiental, prospecção de jazidas minerais, acompanhamento da evolução urbanística das cidades, inspeção e avaliação de mananciais hídricos, chegando até aos levantamentos de interesse militar (inteligência, monitoramento marítimo e mapeamento de terrenos). De olho nesse mercado, a brasileira Visiona Tecnologia Espacial acaba de lançar um projeto de prestação de serviços nessa área.

A demanda

A Visiona Tecnologia Espacial, uma empresa do grupo Embraer e Telebras, foi criada há três anos como integradora de satélites. Em nível mundial, como negócio, cerca de 80% dessa atividade depende e é desenvolvida com apoio governamental, sendo que no Brasil isso acontece da mesma forma. De acordo com Eduardo Bonini, seu presidente, em conversa com a reportagem de T&D, paralelamente à expectativa de oferecer soluções de construção e integração de satélites, a companhia decidiu seguir um modelo de negócio consagrado entre fabricantes espalhados ao redor do mundo. Os fabricantes de satélites também oferecem prestação de serviços usando esses veículos espaciais, sejam eles de comunicações ou de observação terrestre, entre outras aplicações.

Alinhando-se a esse modelo, a Visiona optou por entrar em um negócio que não depende de projetos esporádicos como a integração. Um projeto de satélite leva ao redor de três a três anos e meio. Como a empresa precisa de fontes contínuas de renda, ela definiu o lançamento de um serviço de fornecimento e análise de imagens com o objetivo de desenvolver grandes planos para sensoriamento remoto no Brasil e países vizinhos.

Para tanto, a Visiona estudou cuidadosamente a contratação de parceiros e suas respectivas constelações de satélites já em operação. A empresa já sabia que seus proprietários atuam de forma global, entretanto, conseguiu concessões para aplicações sobre solo brasileiro, latino-americano e algumas regiões da África. Para Bonini, desenvolver negócios nesses mercados dependerá da capacidade da empresa, contudo, ele considera o Brasil o grande foco desse nicho.

Acesse o PDF e confira a matéria completa da Revista Tecnologia & Defesa – Ano 32 – N°142.

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