Você sabe como os Drones podem facilitar, agilizar e diminuir os custos do seu trabalho de topografia e agrimensura?

Por Floriano Peixoto*

Inúmeros profissionais já descobriram esta tecnologia, mas a maioria ainda não a conhece ou tem dúvidas sobre a qualidade dos produtos gerados a partir das imagens captadas por drones.

Mas, se você procurar na internet, inúmeros cases de sucesso são apresentados e já se fala em precisão cartográfica nos aerolevantamentos realizados com drones.

Mas como eles são feitos?

Em primeiro lugar, é preciso fazer um estudo da área e da necessidade do cliente. O que é preciso visualizar? Qual nível de detalhamento será exigido para ter um bom resultado?

Nesse estudo é que irá ser definido o tamanho do GSD para atender os requisitos do projeto. A escolha do GSD correto é importantíssima, pois irá impactar diretamente na precisão dos produtos gerados.

Se houver erro nessa escolha e for utilizado um GSD maior do que o exigido, o trabalho poderá ser inviabilizado e terá que ser repetido. Por outro lado, se for utilizado um GSD menor do que o necessário, haverá um impacto direto no número de imagens geradas e no tempo do processamento. E tempo é dinheiro…

Escolhido o GSD, deverá ser feito o planejamento do voo de produção das imagens. Nos aerolevantamentos, são captadas imagens em um voo automático e estas imagens precisam ter uma porcentagem de sobreposição, tanto no sentido longitudinal quanto lateral.

Sobreposição longitudinal / Sobreposição lateral

No planejamento do voo é que é escolhida a porcentagem de sobreposição necessária para produzir um produto de boa qualidade.

Na aerofotogrametria convencional, é utilizada uma sobreposição de 60% longitudinal e 40% lateral. No aerolevantamento feito com Drones, a sobreposição usual é de 80% longitudinal e 60% lateral.

É preciso tomar muito cuidado com o dimensionamento da sobreposição. Se aumentarmos a sobreposição lateral de 60% para 80%, teremos quase o dobro das imagens produzidas.

Mas esta sobreposição está ligada diretamente à estabilidade do drone utilizado. No caso do Phantom, trata-se de uma aeronave com excelente estabilidade e dificilmente precisamos aumentar os valores de sobreposição. Com aeronaves menos estáveis, recomenda-se aumentar a sobreposição para cobrir as falhas geradas pelas imagens que não estarão alinhadas com a rota do voo.

A partir do voo de aerofotogrametria, inúmeras imagens são geradas sobre uma área de interesse.

Imagens geradas carregadas no software de processamento

A partir dessas imagens, processadas em um software, cria-se uma nuvem de pontos 3D.

Imagem extraída do processamento

As imagens utilizadas no processamento são georreferenciadas. Porém, o GNSS (GPS) embarcado no drone não tem uma boa precisão.

Se precisamos ter um georreferenciamento correto dos produtos gerados pelo software de processamento de imagens, vamos precisar utilizar pontos de apoio em solo.

Pontos de apoio são feições bem definidas ou marcações feitas no terreno, que irão aparecer nas imagens captadas. Estas marcações são georreferenciadas pelo topógrafo, utilizando um equipamento GNSS RTK.

Estes pontos de apoio serão utilizados durante o processamento para corrigir o posicionamento de todas as imagens produzidas. É dessa forma que se consegue uma boa acurácia geográfica do trabalho realizado.

Posicionamento dos pontos de apoio em solo

A partir da nuvem de pontos 3D é gerado o MDS – Modelo Digital de Superfície. Neste modelo, tudo que existe sobre a superfície é representado.

MDS – Modelo Digital de Superfície

Após a classificação da nuvem de pontos que foi gerada, o software identifica o que faz parte do terreno e tudo o que que existe acima dele que não faz parte do terreno. Com isso, é gerado o MDT – Modelo Digital do Terreno.

MDT – Modelo Digital do Terreno.

Após a geração do MDT, pode ser gerado o MDE – Modelo Digital de Elevação e também a produção das curvas de nível.

Este é um dos grandes ganhos na utilização dos drones diante da topografia convencional. Na topografia convencional, é levantada uma série de pontos no terreno para produzir o MDT e as curvas de nível.

O software de processamento de imagens, se vale de uma nuvem de milhões de pontos para gerar os mesmos produtos. Com isso, o volume de informação é muito maior, gerando um produto com maior precisão.

Mas é preciso tomar muito cuidado com a coleta dos pontos de apoio, a produção e processamento das imagens. Qualquer erro pode por tudo à perder.

A geração das curvas de nível é muito fácil e muito rápida. Podem ser gerados MDEs com diversos espaçamentos entre as curvas de nível e escolher o mais adequado na hora de imprimir o MDE com as curvas de nível. As curvas de nível podem aparecer não só no MDE, mas uma vez geradas, à escolha do profissional elas podem estar no MDT, MDS ou na Ortofoto.

MDE – Modelo Digital de Elevação com curvas de nível

A Ortofoto é um dos produtos finais mais utilizados num aerolevantamento. É possível visualizar detalhes de uma Ortofoto sem gerar distorções na imagem.

Ortofoto

Detalhe de uma Ortofoto.

A partir dos produtos gerados no processamento do aerolevantamento, os topógrafos e agrimensores, entre outros profissionais, podem realizar medições lineares de área e volumes.

Os produtos são exportados e utilizados em outros softwares, como AutoCAD, Civil 3D, Global Mapper, QGIS, ArcGIS entre outros.

O ganho de produtividade nas medições, principalmente de volume, são enormes. Bastam alguns clicks para saber o perímetro e volume de uma pilha de material.

Medição de volume em uma pilha de agregados

Agora que você já sabe como os drones podem facilitar sua vida, você pode pensar em contratar uma empresa de drones ou se capacitar para utilizar esta tecnologia.

E capacitação é um dos pontos fortes da Albatroz Brasil Drones.

Fomos pioneiros no lançamento do curso presencial DJI Phantom – Porta de Entrada na Aerofotogrametria. Já temos 60 profissionais de alto nível que fizeram o curso conosco.

Em nossa página do Facebook, temos uma matéria que fala sobre a sexta turma que realizou o curso conosco na casa de praia na Enseada, no Guarujá (SP). Veja os comentários e tenha a certeza de que procuramos fazer o melhor trabalho possível.

As inscrições para a sétima turma já estão abertas e as vagas são limitadas e se esgotam rapidamente.

Mas se você não tiver disponibilidade para viajar, temos o curso em vídeo. Ele é adequado para quem já tem alguma intimidade com o Phantom, pois a parte de pilotagem básica é abordada de maneira superficial.

Não é um curso on line. São dois DVDs que são enviados pelo correio e você pode assisti-los como, onde e quantas vezes quiser. E o suporte técnico e atualizações são permanentes. Não tem prazo de validade.

Além da capacitação, a Albatroz se preocupa com a inserção no mercado de trabalho dos profissionais que fazem o curso conosco. Por conta disso, criamos a Rede de Profissionais Albatroz Brasil Drones.

Com esta rede, temos profissionais espalhados pelo Brasil para prestar serviços de levantamento aéreo com o Phantom. A troca de informações, experiências e compartilhamento de clientes será o fator que irá fortalecer nossa rede e gerar cada vez mais trabalho para nós. Venha fazer parte dela!

E, por fim, para trabalhar profissionalmente você precisa ter seu drone homologado na ANATEL, registrado na ANAC e você inscrito no DECEA.

Para voar legalmente, toda vez que for fazer um trabalho, peça autorização ao DECEA. Dessa maneira, você estará contribuindo para a segurança do voo e crescimento da operação dos drones em território brasileiro.

Floriano Peixoto* é pesquisador, responsável pelo projeto de pesquisa e desenvolvimento de VANTs – Veículos Aéreos Não Tripulados, Albatroz Aerodesign, desenvolvido na UNISANTA – Universidade Santa Cecília, em Santos. Projetista, construtor e piloto de aeronaves experimentais desde 1980.  Diretor da Albatroz Brasil Drones

Este artigo é de responsabilidade do autor

Fonte: Dronegócios