Segundo a consultoria A.T. Kearney, carros autônomos recebem a maior fatia dos investimentos, mas há terreno e tempo para apostar na aplicação de AI em diversas áreas da economia

inteligencia artificial e geotecnologiaUm recente estudo da A.T. Kearney, consultoria de gestão de negócios com mais de 90 anos de trajetória global e uma das quatro maiores do mundo, mostra como os sistemas inteligentes já estão remodelando as mais variadas indústrias e quanto as empresas precisam correr e se preparar para surfar a nova onda de inovação.

A boa notícia, de acordo com a análise, é que as maiores mudanças ainda estão por vir, e há tempo para que as companhias criem estratégias vitoriosas de Inteligência Artificial (AI, na sigla em inglês).

O surgimento de uma tecnologia capaz de ensinar máquinas a pensarem como pessoas tem inúmeras implicações para trabalhadores, empresas, indústrias e para a economia como um todo.

Intitulado “Will you embrace AI fast enough”, o estudo prevê que, nas empresas, a AI redesenhe as funções dos profissionais – das vendas e marketing até as funções de gestão de back office.

Nos departamentos de TI, por exemplo, sistemas cognitivos já promoveram mudanças expressivas, substituindo administradores muito bem remunerados por máquinas capazes de monitorar, diagnosticar e corrigir falhas.

A A.T. Kearney aponta que a indústria investiu mais de US$ 2,5 bilhões em AI entre 2014 e 2017. As tecnologias de automóveis autônomos receberam o maior percentual desse capital (em torno de 20%).

Além disso, a análise revelou alguns fatores que têm estimulado o desenvolvimento da AI, especialmente na área de machine learning. Entre eles, a A.T. Kearney destaca:

• Poder computacional – O aumento expressivo nas velocidades de processamento dos computadores permite que sistemas coletem e processem muito rapidamente enormes volumes de dados. Hoje a informação é processada de 10 a 100 vezes mais rapidamente, acelerando o crescimento de modelos de redes de computadores inteligentes.

• Custos – Os custos caem à medida em que as velocidades aumentam, otimizando os investimentos em machine learning. Com o custo de 1 milhão de transistores caindo cerca de 33% ao ano, as demandas por capital diminuem, enquanto o potencial de retorno cresce.

• Disponibilidade de talentos – O crescente interesse de estudantes de tecnologia por AI tem levado as universidades a criarem programas focados nesta tecnologia.

• Aceitação cultural – As resistências culturais à AI caem à medida que os consumidores ficam cada vez mais confortáveis com recursos “inteligentes” em itens do cotidiano.

Líderes em adoção

O estudo aponta que a AI já avança do back office para as atividades operacionais nas empresas, incluindo a geração de documentos legais, serviços ao consumidor e até aconselhamento financeiro. No entanto, são as gigantes de tecnologia que saem na frente na comercialização de AI. Amazon, Apple, Facebook, Google, IBM, Microsoft e outros pesos-pesados da era digital enxergam a inteligência artificial como uma oportunidade para transformar não só o setor de tecnologia, mas uma boa parcela da economia. Para essas organizações, segundo o estudo da A.T. Kearney, manter posição de liderança na próxima onda de disrupção tecnológica é um imperativo estratégico.

“Ver as grandes empresas de tecnologia na liderança do desenvolvimento de AI não é grande surpresa. O que chama a atenção é o entusiasmo de grandes e tradicionais representantes da indústria, como GE e Ford”, analisa Mark Essle, sócio da A.T. Kearney no Brasil. “Essas empresas reconhecem a importância da tecnologia cognitiva para a transformação digital de seus negócios centrais. Ambas planejam criar novos e melhores produtos e, ao mesmo tempo, abrir mercados com serviços viabilizados pela tecnologia de AI.”

Para avançar em AI

A transformação promovida pela inteligência artificial começa com lideranças visionárias. “As companhias que saíram na frente são lideradas por executivos capazes de adotar a tecnologia cognitiva como parte de um esforço estratégico que levará à próxima onda de evolução. A inovação conduz a cultura corporativa nessas empresas”, afirma Essle.

Acesse a íntegra do estudo “Will you embrace AI fast enough?”, da A.T. Kearney.

Geotecnologias Disruptivas

A inovação disruptiva está relacionada a um produto ou serviço que cria um novo mercado e desestabiliza os concorrentes que antes o dominavam.

É geralmente algo mais simples, mais barato do que o que já existe ou algo capaz de atender um público que antes não tinha acesso ao mercado. Em geral, começa servindo um público modesto até que abocanha todo um segmento.

No seminário Geoinformação & Disrupção, que será realizado no dia 15 de maio em São Paulo (SP) na abertura do MundoGEO#Connect 2018, especialistas estarão reunidos para debater estas tendências e desvendar os melhores caminhos para as empresas do setor continuarem a prover soluções para uma cadeia consumidora corporativa da análise geográfica cada vez mais ampla e exigente.

Veja a programação completa e confira como foi a última edição, que contou com mais de 3 mil participantes:

Fonte: MundoGEO#Connect