O lançamento do VLS-1 era a principal peça que ainda faltava na MECB (Missão Espacial Completa Brasileira), cujos objetivos são lançar satélites brasileiros a partir de uma base nacional com o auxílio de foguetes também brasileiros. O lançador carregava dois satélites: o Unosat e o Satec-1.

O ministro da Defesa, José Viegas, disse que o programa espacial brasileiro somente será retomado depois que forem concluídas as investigações sobre as causas do acidente na Base de Alcântara. O ministro garantiu, no entanto, que o programa será reformulado e que o acidente foi uma contingência. "Não há programa espacial que tenha se desenvolvido em qualquer país do mundo sem que ocorram acidentes. Chegou a nossa vez de amargar a morte injusta de 21 brasileiros que lutavam pelo progresso do Brasil. Precisamos ser fortes e perseverar", afirmou o ministro.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou ontem (27/8) do velório de 19 das 21 vítimas do acidente com o veículo lançador de satélites. "Temos que ser perseverantes e não interromper o programa espacial brasileiro, para que se mantenha viva a memória das vítimas", disse o presidente, que chegou por volta das 11h à cerimônia realizada no ginásio do Centro Técnico Aeroespacial (CTA) de São José dos Campos (SP).

A Agência Espacial Brasileira (AEB) deve divulgar em breve um documento com os custos necessários para reconstruir a torre de lançamento destruída em Alcântara e fazer o quarto protótipo do VLS-1.