Recursos Hidricos Brasil

Desde a minha infância que me fascinam os recursos hídricos do Brasil, como os rios por exemplo. Ainda não tive a oportunidade de visitar o Brasil (sou português), mas passei alguns serões em família a ver novelas como o “Pantanal” e ficava encantado com as paisagens selvagens e encantadoras daquelas extensas áreas de água e pântanos. Assim, quando surgiu a oportunidade de realizar estes mapas com os recursos hídricos deste país maravilhoso, nem pensei duas vezes e dediquei o meu (pouco) tempo livre a realizar esta tarefa, reconhecendo a grande responsabilidade que o tema merece. Apesar de ter uma ideia da dimensão do trabalho, com uma ampla e extensa rede fluvial (arquivo original shapefile de rios do IBGE tem mais de 290.000 registos de rios!!!) e tendo o Brasil uma das maiores reservas de água doce do mundo (cerca de 13% de toda a água doce encontra-se neste país), nunca imaginei que tivesse um trabalho tão árduo pela frente…

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Os dados originais, neste caso os arquivos ShapeFile, usados para realizar este trabalho foram obtidos no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e na Agência Nacional da Água, disponibilizados de acesso livre. Para o geoprocessamento dos dados, prévio à exportação dos dados para Google Earth, usei os programas gratuitos e de código aberto QGis e GRASS. E grande dificuldade residiu neste geoprocessamento devido à quantidade de dados e ao tipo de trabalho de controlo de qualidade realizado. Foi realizado um grande controlo topológico dos dados vetoriais, como a deteção e correção de overshoots e undershoots, merge de linhas contínuas e elementos duplicados, usando a ferramenta V.Clean do GRASS. Houve também a necessidade de criar multi-linhas em alguns elementos. Tive ainda um grande volume de trabalho na simplificação cartográficas como a eliminação de vértices muito próximos, eliminação de segmentos duplicado e eliminação de áreas pequenas. Para este caso, usei uma ferramenta muito poderosa que é a V.Generalize, também do GRASS. Só com recursos a estas ferramentas de generalização cartográfica conseguiria juntar tantos registos num único arquivo.

Assim, depois de ter criado o mapa com os Rios principais de Portugal e das ribeiras principais da Ilha da Madeira em 2014, em abril de 2016 publiquei pelo projeto educativo sem fins lucrativos “Google Earth na Sala de Aula” um novo recursos cartográfico gratuito e bastante completo sobre a temática hidrografia, desta vez referente ao Brasil. Estes recursos apresentados em formato KML, de Google Earth, e arquivados por pastas de modo a facilitar a navegação, pesquisa e consulta, é constituído pelos seguintes temas: “Rios”, subdividido por “Rios principais” (esta classificação foi determinado por serem os maiores rios do Continente Americano presentes no país), “Rios”, “Riachos” e “Outros”); “Massas de água” (subdividido por “Açudes/represas”, “Lagunas” e “Outros”); as 12 “Regiões hidrográficas” e as 8 “Bacias hidrográficas” e as correspondentes sub-bacias hidrográficas. Para além destas 4 camadas temáticas, foi ainda acrescentado uma camada de dados com os limites das Unidades Federativas com alguma descrição importante como a população total, rural e urbana em 2010, PIB, Taxas de referência, entre outros dados de interesse, tudo por Unidade Federativa. Veja o seguinte filme do youtube que mostra como usar este recurso cartográfico no Google Earth. Subscreva gratuitamente o canal “Google Earth na sala de Aula” e descarregue gratuitamente este arquivo KML para o seu Google Earth através do link existente na descrição do filme do Youtube ou através do sítio de Internet do projeto www.mapasnasaladeaula.org.

Para além deste mapa em KML, fiz ainda dois mapas para serem visualizados em Google Maps, não necessitando de descarregar o arquivo nem instalar o software Google Earth, bastando acessar à página do projeto. Os dois mapas são os “Rios brasileiros” e “Regiões e bacias hidrográficas” (podem ser consultados clicando no link). O primeiro tema está dividido por “Rios Maiores”, “Rios”, “Ribeiros” e “Riachos”, que por limitações técnicas do Google My Maps (limite de5 Mbytes por camada e número máximo de 2000 registos), não permitiu incluir a totalidade da rede fluvial. O segundo mapa é constituído por 10 camadas de dados, organizando a rede por “Regiões Hidrográficas”, “Bacias Hidrográficas”, “Sub-bacia Amazônas”, “Sub-bacia Atlântico Leste”, “Sub-bacia Atlântico Norte Nordeste”, “Sub-bacia Sudeste”, “Sub-bacia Parana”, “Sub-bacia São Francisco”, “Sub-bacia Tocantins”, “Sub-bacia Uruguai”. Para além de poder consultar, pesquisar e navegar estes mapas www.mapasnasaladeaula.org através do seu browser, estes os dois mapas têm ainda a opção de navegá-lo sobre o seu Google Maps, em qualquer dispositivo, podendo assim sobrepor estes dados e usufruir de todas as potencialidades que a ferramenta Google Maps nos dá como a navegação por GPS, a topografia e elevação do Terreno, entre outra. Para tal, só tem que selecionar a estrela existente ao lado do título do mapa, com a opção “Marcar este mapa com uma estrela para ver no Google Maps”, com a sua conta Google ligada, ir ao Google Maps e ver os mapas presentes em “Os meus mapas”. Este mapa foi apresentado no webinar para celebrar o 1º aniversário do curso online “Google Earth Pro com ferramentas avançadas”. Senão conseguiu assistir, pode ver o replay neste filme. Conheça os restantes mapas do projeto e acompanhe os novos lançamentos subscrevendo gratuitamente o Canal do Youtube. Descarregue gratuitamente o mapa e desfrute de mais este recurso, partilhando o conhecimento com os seus alunos e colegas com criatividade e originalidade.

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