O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) pretende acompanhar a recuperação de florestas na Amazônia Legal através de sensoriamento remoto. A intenção é saber como ocorre a regeneração de áreas danificadas. Além de usar o satélite, os cientistas pretendem visitar o local afetado.
Nas viagens, a equipe deve catalogar espécies. "Já temos 160 perfis florestais inventariados, com a identificação das espécies", diz o pesquisador João Roberto dos Santos. De acordo com o instituto, cerca de 15% das áreas desmatadas são abandonadas com o tempo.
O processo de regeneração da mata nesses espaços demora, em média, 30 anos. O aumento dos estudos sobre o comportamento da floresta e das matas de transição que sofreram queimadas traz outro benefício. Os dados obtidos nas pesquisas poderão ser cruzados com informações climáticas.
Entre os dados que serão avaliados estão os períodos dos fenômenos El Niño e La Niña, que podem interferir no regime de chuvas amazônicas e mesmo nas áreas de cerrados.