A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) está acompanhando por satélite cinco navios pesqueiros que atuam no Atlântico Sul. O rastreamento começou em fevereiro, em convênio com o Ministério da Agricultura, para controlar a pesca de embarcações estrangeiras arrendadas por empresas nacionais. Atualmente estão em operação 70 embarcações arrendadas, com capacidade de até 200 toneladas.
"Apenas cinco são rastreadas por satélite, mas a idéia é incluir no sistema de monitoramento toda a frota arrendada", explica o engenheiro de pesca Paulo Travassos, pesquisador da UFRPE e responsável pelo monitoramento. Além da localização geográfica, os pesquisadores são informados sobre a velocidade, trajeto realizado e direção que a embarcação está seguindo. Segundo o pesquisador, o acompanhamento é importante para evitar o declínio de estoques de atuns e peixes afins, como espadarte, agulhão e albacora. Segundo Paulo Travassos, os resultados do rastreamento do navio são um subsídio para a fiscalização.
"Com base nos dados, o DPA pode acionar o Ibama, que é o órgão fiscalizador da pesca, para acompanhar o desembarque", justifica. Para isso, a baliza com o emissor de sinais será uma exigência do DPA para a renovação ou concessão de novas licenças.