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Boas Idéias e Grandes Negócios

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GEOBrasil 2001 em São Paulo caminha para se tornar o mais importante evento do setor no país
Por Sandra Solda

A Alcantara Machado Feiras e Negócios, promotora e organizadora do GEOBRASIL 2001, que será realizado de 19 a 21 de junho em São Paulo, informa que já está com tudo pronto para a realização do evento deste ano. José Danghesi, diretor do evento, afirma que as novas instalações do Centro de Convenções Imigrantes já estão prontas para sediar a Feira e o Congresso de Geoinformação. No final do mês de abril a Alcantara Machado realizou no local o Fórum Brasileiro de Energia Elétrica, primeiro evento do Projeto INFRA 2020 com a presença de grande público.

Segundo o consultor do evento e coordenador do congresso Emerson Zanon Granemann, toda a programação de palestras está concluída e já pode ser conhecida no site do evento www.geobr.com.br " O evento este ano está completo e bem próximo do seu plano ideal, pois tem atrações para usuários iniciantes e experientes, como também para os tomadores de decisão que poderão assistir várias palestras que abordam as características gerenciais dos projetos, bem como conhecer as novas tecnologias já disponíveis no país ao visitar a Feira num horário adaptado às condições de São Paulo e sem competir com a programação do congresso e dos cursos. (O Congresso e os cursos começam às 9h e teminam às 16:30 horas, enquanto que a Feira inicia às 14h e vai até às 21 horas).
O Concurso Acadêmico apresentará as melhores teses e dissertações de mestrado e doutorado do setor dos últimos dois anos, num painel inédito em eventos do gênero no Brasil.
Segundo Régis Bueno, membro da comissão técnica do evento, além da importância do lado científico do congresso, o GEOBRASIL 2001 também fará a ponte entre o mercado e a comunidade. "Este congresso vai expor pessoas, congregar interesses e também estimular os negócios no mercado de geotecnologias. Hoje em dia os usuários têm muito acesso ao mercado e pouco acesso à informação esclarecedora e isenta"

15 cursos
Os 15 cursos do GEOBRASIL 2001 prometem trazer muitas novidades e várias atualizações para os profissionais em geotecnologias, além de discutir temas importantes como a Geoinformação na Internet, Geomarketing e o Consórcio Internacional Open GIS. "Base Cartográfica Ideal para GIS" é um dos cursos que será ministrado dia 19 de junho. Serão enfocados os critérios para obtenção das bases cartográficas, a preparação de dados para GIS com apresentação de exemplos práticos, conceitos e pesquisas de SQL, semiologia gráfica e mapas temáticos.
Marcus Vinicius e Antonio Machado e Silva, diretores da empresa Gisplan, ministrarão os cursos "O uso do GIS em projetos de Meio Ambiente" e "Geoinformação na Internet", que objetiva apresentar os recursos disponíveis para aplicações na Web, além das aplicações e restrições do ambiente Web na divulgação e na prestação de serviços de Geoinformação.

Um assunto muito discutido ultimamente é a criação do conceito Open Gis, e para este tema teremos o curso coordenado pela Gita (Geospatial Information & Technology Association) "Open GIS-Gita" – que apresentará a missão do Open GIS Consortium, dando ênfase para como o profissional que trabalha com GIS e com informação espacial será beneficiado. Abordará questões como o uso prático da tecnologia, os testes em desenvolvimento e o potencial dos componentes geoespaciais para uso nos sistemas de informação geográfica. (Veja mais informações na entrevista da página 12)

Democratizar a Geoinformação
O Brasil sofre há muito tempo com a falta de cultura cartográfica, e por extensão, também com a falta da geoinformação e das tecnologias direta ou indiretamente envolvidas. Uma solução seria o investimento em educação a médio e longo prazo nas escolas e universidades e a curto prazo na própria comunidade de usuários do país. Outras soluções serão discutidas no debate "Como democratizar a geoinformação", dia 22 às 14h com a presença de várias empresas e entidades como a PROCERGS, a Maplan, o INPE e o Fórum IT Global /EUA. Marcos Vinicius Mazoni, da PROCERGS, pretende apresentar como solução as possibilidades no mundo do software livre para o geoprocessamento, utlilizando o sistema Linux.
Direito autoral (copyright) de mapas" é outro tema que será discutido no evento com a DIGIBASE, CONDER, EMPLASA além da Procuradoria Regional de Justiça de Presidente Prudente – SP. As bases cartográficas estão surgindo cada vez mais, mas em contrapartida também cresce o descontentamento dos usuários em relação à falta de uma legislação adequada que regule os direitos e deveres de quem contrata ou produz este tipo de informação. Segundo Alexandre Derani, da DIGIBASE, os mapas produzidos por órgão públicos com dotação orçamentária são de domínio público. "Partindo do princípio que a sociedade já pagou pelo serviço, qualquer indivíduo ou instituto tem direito a estes mapas", completa.

"Fotos Aéreas ou imagens de satélite de alta resolução?" Neste debate será apresentado diversas opiniões de especialistas que apontarão as novas perspectivas ou dificuldades de utilização destas imagens de satélite, baseadas em resultados concretos, que podem ser comparados (qualidade, preço e prazo) com os produtos tradicionais gerados pela aerofotogrametria. Serão também apresentados algumas previsões de lançamento de novos satélites que prometem resoluções ainda melhores, ou seja, menores que meio metro. Este debate terá a presença de especialistas UNESP, da AEROIMAGEM e da Space Imaging/EUA.

Feira de Negócios
A Feira de Negócios funcionará também de 19 a 22 de junho das 14h às 21h, com entrada franca, bastando apenas o pré-cadastramento. A dois meses do evento, cerca de 30 empresas já estão confirmadas como expositoras, com uma expectativa de reunir mais de 100 marcas brasileiras e internacionais e mais de 4.000 profissionais, entre congressistas e visitantes, compradores em potencial.

Muitas empresas estarão lançando seus produtos na Feira, como é o caso da GEMPI, que atua também na área de representação comercial de produtos de Geoprocessamento e estará apresentando o novo produto da ESRI: ArcGIS. É uma arquitetura nova, integrada para produtos de GIS, que provê uma solução exclusiva para construir e servir aplicações de GIS de todos os tipos, dentro de todas as arquiteturas computacionais. A Engemap, empresa de Cartografia e Geoprocessamento, apresentará seus projetos de publicação de mapas, geoprocessamento, fotogramentria digital, com destaque para o SIRGEO – Sistema de Informação Rodoviária Georreferenciada do Estado de São Paulo, que já sendo utilizado no DER – Departamento de Estradas e Rodagens de São Paulo. A empresa também mostrará algumas de suas últimas publicações de mapas temáticos como o mapa rodoviário de São Paulo e do Espírito Santo, mapas para o ONS – Organizador Nacional do Sistema Elétrico, para a Eletrobrás, entre outros.

Palestra do GeoBrasil 2000

GEO monitora a interrupção de energia
A ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica estará presente no Geobrasil 2001 participando no Fórum de Energia. A agência estará apresentando as aplicações do geoprocessamento na empresa com o tema "Acompanhamento Georeferenciado é Monitoramento de Interrupção no fornecimento de Energia Elétrica". O sistema visa permitir o acesso rápido a informações sobre a qualidade do fornecimento de energia elétrica no Brasil com maior precisão, permitindo pesquisas por municípios, empresas, regiões ou estados e também a criação de estatísticas. Isto permitiria acesso on-line, via Web Map, aos dados, referentes à duração e a freqüência da interrupção, indicadores importantes para avaliar a qualidade do serviço das empresas de distribuição de energia elétrica.

Outro tema abordado nos 16 Fóruns de Usuários é o Geomarketing, com um dos temas explorando o "Geoprocessamento do Comércio em Belo Horizonte". A aplicação deste sistema oferecerá inúmeras possibilidades de segmentações dos dados, baseados no Censo do IBGE e na Pesquisa de Análise do Perfil de Atratibilidade do Comércio de Belo Horizonte. Permitirá agregar também tantos campos quanto ainda sejam necessários, uma vez que realizadas as pesquisas e os respectivos dados cadastrados nos Bancos de Dados, estes, através da utilização do GIS (MicroStation – Geographics) aparecerão nos mapas digitalizados. Isto possibilitará uma consulta ampla e atualizada, tanto a nível interno para elaboração de projetos específicos, quanto a nível de usuário, que não possui conhecimentos sobre o sistema.

"O Uso das Geotecnologias no Projeto de Ação Contra o Aquecimento Global: caso da Mata Atlântica" é uma das palestras que será apresentada no Fórum sobre Recursos Naturais. Alexandra Andrade, coordenadora de planejamneto de projetos de ação climática da SPVS (Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental), relatará como o GIS está sendo utilizado neste projeto em todas as fases, desde a seleção das áreas, criação de bases cartográficas, mapas temáticos até o monitoramento do crescimento florestal.

Novos Sensores Aerotransportados
Nos Módulos Tecnológicos serão apresentados quatro assuntos: "GIS – Sistemas de Informações Geográficas", "GPS – Sistema de Posicionamento Global", "Mapeamento" e "Sensoriamento Remoto".
No módulo "Mapeamento" serão ressaltados os conceitos e aplicações da tecnologia de mapeamento utilizando imageamento aerotransportado a laser. Será apresentado o novo "scanner de linha", que reúne informações de imagens com dados laser, que recentemente completou a segunda geração de sistemas LIDAR da alemã Toposys. Este scanner produz imagens em canais de quatro espectros e fornece ortoimagens coloridas ou em infra-vermelho. Pixels de 0,5 m que permitem a avaliação comum de dados de elevação laser e ortoimagens, podem também servir como informação básica para várias tarefas de planejamento e monitoramento. Estes modelos de elevação são frequentemente usados em aplicações como telecomunicações, modelos 3D para planejamento urbano, monitoramento de erosão costeira e planejamento e monitoramento de linhas já existentes (dutos, linhas de alta tensão).

Feira de Negócios, GeoBrasil 2000.

Como uma Prefeitura deve investir em Geoinformação
Três seminários serão realizados durante o GEOBRASIL 2001. O primeiro aborda a discussão de qual deve ser o perfil de formação ideal do profissional de geotecnologias para atender as reais necessidades do mercado. O segundo objetiva apresentar o estágio atual do projeto de retomada de investimentos públicos no mapeamento sistemático nacional. O terceiro e mais extenso do evento apresenta 16 palestras que aboram o tema "Como uma prefeitura deve investir em Geoinformação". Várias prefeituras apresentam seus casos de sucesso, como Curitiba, Belo Horizonte, Goiânia, Vitória, Macéio, Santana do Parnaíba, São Sebastião, Ponta Grossa e São Paulo, além de apresentações da Prolex, Banco do Brasil e do BNDES que mostrarão como os recursos podem ser obtidos.

Principais palestrantes previstos para o GEOBRASIL 2001
Ao todo serão 93 palestras distribuidas nos Fóruns de Usuários, Módulos Tecnológicos, Debates e Seminários
José Sarney Filho – Ministro do Meio Ambiente
Ronaldo Mota Sardenberg – Ministro da Ciência e Tecnologia
Antonio Carlos de Mendes Thame – Secretário de Recursos Hídricos, Saneamento e Obras do Estado de São Paulo
José Anibal Peres de Pontes – Secretário de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo
Hamilton Nobre Casara – Presidente do IBAMA
Guido Gelli – Diretor de Geociências – IBGE
Luiz Gylvan Meira Filho – Presidente da Agência Espacial Brasileira
Robert M. Samborski – Diretor Executivo da GITA-EUA
Eduardo Fontes Hotz – Presidente da EMPLASA

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