Um trabalho publicado pela Fundação Estadual de Engenharia de Meio Ambiente (Feema) traz um levantamento completo – em fotos e mapas – das 66 reservas, áreas de preservação e parques do Rio de Janeiro.
O Atlas das Unidades de Conservação da Natureza do Estado do Rio de Janeiro faz uma radiografia completa não apenas do ecossistema, mas das perdas ambientais que fizeram a área de Mata Atlântica do Rio reduzir-se de 97% do território nos idos de 1500 para os atuais 17%.
Trata-se do primeiro levantamento do gênero e inclui unidades de conservação estaduais e federais. O trabalho foi realizado por técnicos da Feema e do Instituto Estadual de Florestas (IEF).
As unidades, que abrangem cerca de 5,7 mil quilômetros quadrados do total de 44 mil quilômetros quadrados do Estado, foram detalhadas uma a uma. O projeto do atlas, que levou um ano e meio para ser preparado, surgiu a partir da constatação de que o Rio era o campeão em desmatamento de Mata Atlântica, pelos dados do SOS Mata Atlântica e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Os cinco mil exemplares da primeira edição não vão estar à venda, mas serão distribuídos a escolas, bibliotecas e centros de pesquisa. O atlas, na prática, vai funcionar como um portfolio do produto que a secretaria quer vender a empresas e organizações não-governamentais (ONGs): a gestão de reservas ecológicas.
O Rio de Janeiro quer terceirizar a administração dos parques, num sistema de concessão, mantendo o Estado como controlador do processo.