As imagens da guerra no Afeganistão ainda são escassas e, na maior parte das vezes, fornecidas pela CNN ou pela TV Al-Jazira, do Catar, padronizadas em todas as emissoras.
Nas emissoras brasileiras, a preocupação era como ilustrar da forma mais clara possível acontecimentos que nem sempre poderiam ser registrados por câmeras de televisão. Na Rede Globo, de longe a maior e com mais tempo para dedicar à pesquisa, a equipe tenta produzir reportagens voltadas à tecnologia. Foi o caso da matéria sobre o GPS (Sistema de Posicionamento Global), que mostrou porque as bombas inteligentes erram o alvo.
"Entramos numa outra fase, em que tentamos mostrar a geografia da região, como as cavernas, por exemplo", explica o jornalista Luiz Carlos Azenha. Ele lembra que o recurso ainda é necessário porque, embora as imagens disponíveis agora sejam bem melhores que aquelas fornecidas pelas forças armadas americanas no primeiro momento – aqueles fundos verdes com luzes piscando que poderiam ser qualquer coisa -, só mostram o que interessa aos Estados Unidos ou ao Afeganistão.