O Centro de Tecnologia da Aeronáutica (CTA), em São José dos Campos (SP), desenvolve há dois anos um sensor termal capaz de produzir imagens bem definidas. Em sobrevôos de baixa altitude e alta velocidade, o equipamento seria útil na detecção de queimadas, delimitação de ilhas de calor em zonas urbanas, monitoramento de manchas de óleo no mar e até identificação de algumas doenças agrícolas.
O sensor ainda possui diversas aplicações militares, como a identificação de camuflagens e manobras de aeronaves. Segundo informações dos pesquisadores responsáveis por seu desenvolvimento e pela montagem do primeiro protótipo, o novo sensor capta comprimentos de onda na faixa infravermelho, entre 8 e 14 micrometros, bem acima do espectro visível ao olho humano, que vai de 0,4 a 0,7 micrometros.
É um sensor para aeronaves (e não para satélites), instalado no ventre dos aviões, com capacidade de produzir imagens bem definidas, em sobrevôos de baixa altitude e alta velocidade. Identifica, sobretudo, a emissividade dos objetos focalizados.
O protótipo é apenas demonstrador de tecnologia e tem servido para testes de aplicação ou pesquisas acadêmicas, realizados em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a Universidade do Vale do Paraíba (Univap) e o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).