Para o Ministério da Ciência e Tecnologia, o atraso na aprovação pelo Congresso do acordo de salvaguardas com os EUA, que permitirá a exploração comercial da base de lançamento de Alcântara, no Maranhão, está dando prejuízo ao governo brasileiro.
O país já teria perdido duas oportunidades de negócios, pois sem o acordo as empresas americanas, que dominam o mercado mundial de satélites, não podem usar a base. Um dos contratos cancelados seria com a empresa americana Orbital Science.
Também o governo australiano teria desistido de usar a base brasileira. O acordo de salvaguardas estabelece regras para o controle dos equipamentos e da tecnologia usados na base brasileira. Os EUA restringem o acesso de pessoas às áreas de lançamento e também aos veículos lançadores e satélites.
O acordo foi criticado por deputados da oposição e até por governistas que integram a Comissão de Relações Exteriores e ainda precisa ser analisado em duas comissões antes de ir a votação no plenário. Só depois será remetido ao Senado.
A localização da base de Alcântara, próximo à linha do Equador, torna os lançamentos de satélites financeiramente atrativos.
O local permite uma economia de combustível de pelo menos 30%.