De acordo com resolução do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), os 17 Estados que abrigam áreas remanescentes da Mata Atlântica terão um ano para listar espécies de plantas ameaçadas de extinção e apontar locais prioritários para adotar medidas de conservação.
A resolução não prevê punição para o Estado que não cumprir o prazo. Em São Paulo, por exemplo, ainda não se sabe como será feito levantamento tão detalhado. A área total da Mata Atlântica hoje, no país, é de 102 mil km2 – 7,84% da área original. O Conama quer uma recuperação de 30% a 35% do total degradado em dez anos. Este é o patamar indicado pela ONU (Organização das Nações Unidas).
A Mata Atlântica concentra a maior biodiversidade do país e é a segunda do mundo com maior risco de extinção (a primeira é a ilha de Madagascar, na África). Segundo o mais recente estudo da Fundação SOS Mata Atlântica, em parceria com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), feito de 1990 a 1995, mais de meio milhão de hectares de florestas foi destruído em nove Estados no Sul, no Sudeste e no Centro-Oeste, que concentram cerca de 90% do que resta da Mata Atlântica.