Um estudo concluído neste mês mostra que imagens de satélite estão ajudando a frear a destruição no Mato Grosso. O trabalho foi realizado por Philip Fearnside, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). Ele mostrou que o desmatamento em áreas de floresta em Mato Grosso caiu 31,9% no biênio 2000-2001 em relação a 98-99, quando foram desmatados 638 mil hectares anuais.
Segundo Fearnside, a queda é em parte resultado da implantação pelo Estado, em 1999, de um sistema de licenciamento de propriedades rurais que usa sensoriamento remoto para descobrir se os fazendeiros estão realmente desmatando aquilo que declaram.
O sistema foi implantado pela Fema (Fundação Estadual do Meio Ambiente), com recursos provenientes do PPG-7 (Programa-Piloto de Proteção às Florestas Tropicais), do governo federal, que tem verbas do grupo dos sete países mais ricos do mundo para a implantação de projetos de desenvolvimento sustentável na Amazônia e na Mata Atlântica.
Com o novo esquema de licenciamento, as infrações – desmatamento na reserva legal ou queimadas fora de época, por exemplo – aparecem na fotografia de satélite da propriedade, mantida numa base de dados do órgão estadual de fiscalização.