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Congresso discute problemas antigos e aponta novos caminhos

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O Congresso GEOBrasil começou ontem (21/4) levantando problemas antigos do setor, como a falta de uma "cultura" de mapeamento no país. Eduardo Freire, diretor do INCRA, falou sobre a expectativa pela implantação do Cadastro Nacional de Imóveis Rurais na palestra de abertura do evento, que acontece em São Paulo até sexta-feira (24/5).

"Sempre tivemos problemas com o levantamento de dados sobre a terra. Chegou-se a um consenso de que a única solução seria a criação de um cadastro único para todo o país", disse o diretor do INCRA. Ele revelou que, através de financiamento com o BID, nos próximos quatros anos o país irá investir no mapeamento das propriedades rurais, dentro da proposta do cadastro único.

"Vamos visualizar o espaço rural com o uso das geotecnologias", concluiu. Também ministrou palestra o diretor do Inpe, Luiz Carlos Moura de Miranda. Ele lembrou da importância desta instituição no desenvolvimento da geoinformaçao no Brasil, citando o programa espacial brasileiro.

"Iniciamos nossas atividades nesta área ainda em 1961. Desde então, nossa atividade espacial teve altos e baixos, mas nunca deixou de ser ativa", ressaltou. Miranda ainda destacou o CBERS, satélite construído pelo Brasil em cooperação com a China, que, para ele, pode ser considerado como a "maioridade" do país em relação à tecnologia espacial.

Outra questão levantada pelo diretor do Inpe foi a importância da parceria entre iniciativa privada e instituições de pesquisa, hoje facilitada pela Lei de Inovação e pelos Fundos Setoriais de incentivo à pesquisa em diversas áreas.

"A mensagem que pretendo deixar na abertura do GEOBrasil 2002 é essa: precisamos crescer juntos, órgãos públicos e empresas".

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