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Brasil monitora clima espacial para evitar danos em satélites

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O Brasil é o único país da América Latina a pesquisar, monitorar e fazer previsões sobre o clima espacial, e a trabalhar com física avançada, situando-se no mesmo patamar de sofisticação dos Estados Unidos e Europa. A informação é do pesquisador Walter Gonzalez, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Gonzalez ressaltou que já existe em Cachoeira Paulista, em São Paulo, um imageador para acompanhar o aparecimento de bolhas de plasma. Segundo o pesquisador, quando as bolhas surgem, geralmente no pôr-do-sol, os sinais emitidos por satélites são distorcidos, havendo perda de comunicação.

Além disso, está sendo instalado em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, um sistema de detectação de muons, um componente importante da chuva de partículas emitidas pelo sol. Os investimentos neste campo do conhecimento têm importância especial para o Brasil porque o país situa-se na faixa da Anomalia Magnética do Atlântico Sul (AMAS). Trata-se de um fenômeno que faz com que a região apresente um campo magnético muito menor em relação a outras regiões terrestres, explicou Gonzalez. Essa característica torna a região vulnerável, o que permite que as partículas de alta energia invadam a magnetosfera com mais facilidade.

As conseqüências da AMAS são, principalmente, danos em satélites, com a perda de memória e interrupção nas comunicações. Daí o interesse em instalar o sistema de detecção de muons.

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