A revisão do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE) é uma das prioridades do Conselho Superior da Agência Espacial Brasileira (AEB). Esta será a segunda revisão do PNAE, elaborado em 1996 com um planejamento de 10 anos.
Segundo o presidente da AEB, Múcio Dias, o formato do PNAE é atual e adequado, mas a revisão é uma oportunidade para rediscutir os projetos em andamento e incluir novos programas, sempre no sentido de "promover a capacitação tecnológica do país no setor espacial e buscar a qualificação do setor produtivo para adquirir competitividade no mercado internacional". Múcio Dias cita como exemplo de capacitação o aumento da participação da indústria brasileira no desenvolvimento de satélites, que foi de 15% no SCD1, lançado em 1993, e pode chegar a 80% nos satélites sino-brasileiros CBERS 3 e 4, previstos para 2005.
Durante uma reunião da AEB realizada em Brasília na semana passada, os 19 conselheiros ouviram uma explanação do diretor-geral da AEB, Daniel Borges, sobre as perspectivas para exploração comercial do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) no Maranhão.
O diretor do Centro Técnico Aeroespacial (CTA), major brigadeiro-do-ar, Tiago da Silva Ribeiro, falou sobre o projeto do foguete brasileiro VLS1 e o diretor geral do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Luiz Carlos Miranda, expôs aos conselheiros as expectativas comerciais em relação ao uso de imagens captadas pelos satélites CBERS. Esta foi a primeira reunião do Conselho Superior em 2002 e serviu também para dar posse a 12 novos membros, entre titulares e suplentes.
A próxima reunião do Conselho será no dia 18 de setembro, em São José dos Campos (SP).