Um mapeamento da Polícia Federal feito por satélite aponta a existência de 384 aeródromos ilegais na divisa do Pará com o Mato Grosso. Nesta área foi realizada na semana passada a mais ousada ofensiva contra a frota aérea do narcotráfico no país.
Só nos dois primeiros dias da operação foram aprendidos, em dez cidades dos dois estados, 87 aviões de pequeno porte, 50 mil litros de combustível e 15 armas. Também foram encontradas 15 estações de radiotransmissão clandestinas. A operação foi a primeira de grande envergadura desde que a força-tarefa foi instituída para controlar a violência no Rio.
O objetivo da força-tarefa é fechar um dos principais canais de transporte da cocaína da Colômbia para o Estado do Rio. Em ações como essa fica bastante clara a utilidade das geotecnologias, como imagens de satélite, no combate ao crime. Sem as imagens, seria mais difícil identificar os aeroportos clandestinos usados pelos traficantes. E um levantamento feito pela Polícia Federal indica que boa parte da cocaína do Rio é de origem colombiana e chega ao estado de avião, depois de passar por pistas clandestinas em algumas fazendas do Pará e do Mato Grosso.