A qualidade da água do rio Paraíba do Sul será monitorada via satélite em sete pontos do trecho paulista. O projeto Rede Piloto de Plataformas Hidrológicas de Coleta de Dados Automática, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), será colocado em prática por meio de uma parceria entre a Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental (Cetesb) e o Departamento de Água e Esgoto (Daee), com aprovação do Comitê de Bacias Hidrográficas do Paraíba do Sul.
Até novembro, o Inpe ficará encarregado de coletar os dados eletronicamente, via satélite, e a Cetesb de fazer a análise e disponibilizá-la para a população. A intenção é transmitir os dados para a população em tempo real, permitindo que as pessoas passem a prestar mais atenção nesta questão tão importante, que é a despoluição do Paraíba do Sul. O sistema de sensores automáticos é inédito no país e custou US$ 200 mil aos governos federal e estadual. Sete estações de monitoramento serão instaladas em bases da Cetesb ou de empresas particulares, entre os municípios de Santa Branca e Queluz .
Segundo Nobre, os sensores vão indicar o total de oxigênio dissolvido, a condutividade elétrica, a acidez, a temperatura, além da quantidade de chuva. As informações serão enviadas para a central do Inpe em Cachoeira Paulista a cada três horas, o que possibilitará a constatação de situações de risco, como o derramamento de substâncias químicas por parte das indústrias. Os dados serão captados e transmitidos pelos satélites brasileiros Satélite de Coleta de Dados 1 e 2, pelo sistema Argus e pelo Sino-brasileiro de Recursos Naturais.