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Brasil é um dos maiores usuários de sensoriamento remoto

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O Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE) destinou este ano R$ 28,2 milhões para o desenvolvimento de cinco satélites: três deles na área de sensoriamento remoto, um de coleta de dados ambientais e meteorológicos e um microssatélite científico.

Segundo a Agência Espacial Brasileira (AEB), para 2003 a previsão é que os recursos para o setor espacial como um todo sejam de R$ 140 milhões, 22% maiores do que este ano. Porém, dos R$ 115 milhões programados para 2002, apenas R$ 50 milhões foram liberados. O próximo satélite a ser lançado é o CBERS-2 (Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres), feito em parceria com a China.

O lançamento, previsto inicialmente para o mês de outubro, foi adiado para meados do próximo ano, devido a problemas técnicos detectados durante a fase de testes finais. O satélite será lançado da base de Shanxi, na República Popular da China. O Brasil, com os trabalhos de monitoramento da Amazônia e da Mata Atlântica e outras atividades nas áreas de previsão de safra, geologia, hidrologia e cartografia, é hoje um dos maiores usuários de satélites de sensoriamento remoto do mundo. Para ter acesso às informações repassadas pelos satélites estrangeiros Landsat (americano) e Spot (francês), gasta por ano o equivalente a US$ 2 milhões.

Com o programa de cooperação com a China na área de satélites, porém, o Brasil deixou a condição de usuário para ser proprietário do seu próprio sistema, além de ganhar a oportunidade de comercializar as imagens obtidas com os satélites CBERS no mercado internacional. Iniciado em 1988, o programa CBERS teve investimentos de US$ 300 milhões.

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