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GIS no Brasil

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Atualmente, os negócios em Sistemas de Informações Geográficas (GIS) estão passando por incríveis transformações no mundo inteiro. O desafio básico da indústria de GIS nos dias de hoje é transformar o GIS, de uma ciência obscura de conhecimento de poucas pessoas dentro de um Departamento na organização, em um negócio comum para todos os departamentos da empresa.

A única maneira de atingir este objetivo é usar os sistemas de gerenciamento de banco de dados relacionais (RDBMS) em todas as implementações que possuem mais de um usuário.

Normalmente, as empresas de GIS promovem a idéia de que armazenam todos os dados geográficos e alfanuméricos em um RDBMS comercial. A realidade, porém, é que no momento da implementação no cliente as promessas apresentadas nos folhetos e palestras não são cumpridas.

A implementação de um GIS moderno representa muito mais que belos mapas e BLOBS disponíveis em um banco de dados. Uma implementação de GIS precisa considerar que os dados mais importantes da empresa são armazenados em RDBMS comerciais que são mantidos pelo departamento de TI. O GIS pertence a esta categoria. O GIS está no principal plano de TI de qualquer corporação moderna.

As empresas de tecnologia GIS modernas estão investindo pesado em técnicas de armazenagem que utilizam apenas RDBMS comerciais e nada mais. Isto permite que as empresas de utilidades públicas, de telecomunicações e municipalidades implementem sistemas corporativos que são facilmente integrados com sistemas de ERP, CRM e SCADA. Apenas quando todos os dados do GIS estiverem totalmente armazenados em banco de dados único juntamente com esses outros sistemas, estaríamos em posição de beneficiar toda a corporação com o componente geográfico.

Neste ponto, o Brasil é um dos países mais adiantados do mundo. Atualmente, nosso país possui um dos maiores números de implementações de GIS corporativo em empresas com mais de 1 milhão de consumidores. Todas essas empresas perceberam, na década de 90, que a única maneira de ter centenas ou talvez milhares de usuários simultâneos no GIS seria armazenar todos os dados no mesmo banco de dados. Essas empresas são um exemplo para todas as outras no mundo inteiro, que ainda estão tentando implementar sistemas híbridos com uma combinação de RDBMS comercial para armazenagem de dados não-gráficos e seus próprios sistemas proprietários de armazenagem dos componentes geográficos.

Existem empresas de energia no Brasil com mais de 300 usuários simultâneos aos seus aplicativos de GIS. Estes sistemas estão atualmente em produção, não somente projetos pilotos ou demos ou sistemas em desenvolvimento. São sistemas utilizados diariamente por funcionários como engenheiros eletricistas, engenheiros de manutenção e planejamento sem qualquer conhecimento de GIS, com rotinas que se tornaram bem mais simples com o uso de mapas.

Esses profissionais, em breve, se juntarão a outro grupo de usuários de GIS. Dessa vez, os funcionários serão da área de marketing, call center, etc. Esses setores também terão acesso ao componente gráfico armazenado no GIS para uso nas suas rotinas diárias, que se tornarão mais rápidas e precisas quando eles tiverem acesso ao cenário atualizado do que a empresa está fazendo e aonde.

Imagine o retorno do investimento em GIS se beneficiarmos milhares de usuários em toda corporação, ao invés dos poucos escolhidos há alguns anos. Imagine como uma ferramenta de GIS pode ser poderosa se pudermos fornecer a todos os funcionários o acesso aos dados geográficos através do browser da internet. Sem plug-ins, licenças extras, outros softwares ou treinamentos especiais, somente acesso fácil e amigável a dados cartográficos e bens da empresa.

GIS certamente tem um futuro maravilhoso, que está disponível hoje, aqui no Brasil. Graças a essas empresas, que em meados dos anos 90 perceberam a necessidade da adoção de um conceito revolucionário: o armazenamento de dados geográficos em RDBMS comerciais.

Juan Plaza – é gerente de Vendas de Produtos GIS para América Latina da Autodesk. juan.plaza@autodesk.com

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